Não é nenhuma novidade para este blog a denúncia de http://veja.abril.com.br/ de que o Amazonas está entregue ao narcotráfico. Vários posts dão conta disso. Basta pesquisar aqui mesmo.
A julgar como verdadeira a reportagem de Veja, abanda podre da Polícia Militar é que está comandando o processo eleitoral no Amazonas. Uma vez que Melo está disposto a tudo para continuar sentado na cadeira de governador pelo simples prazer de sentar nela, pouco se lhe dando “a troco de que”.
De nada adiantaria ele agora tentar se eximir desse episódio sob a falsa desculpa de que “não sabia”, como, aliás, está se tornando um clássico da bandalheira tupiniquim.
Apesar de sabermos que é possível a “máquina” ganhar “vida própria” e partir para o “tudo ou nada” quando sabe do desejo do “chefe” de permanecer no comando do Estado é capaz de fazer vistas grossas para qualquer tipo de ação que garanta esse objetivo. Então as coisas ficam “como o diabo gosta”.
Na verdade, quando Melo se cercou de todo o tipo de gente da PM, enrolada com processos e com a Justiça, respondendo até mesmo por homicídio, o sinal estava dado para qualquer coisa que assegurasse a manutenção do Poder.
Melo peitou a ética, a moral, a Justiça e manteve a seu lado o policial “He Man” e cia. bela, fazendo de parte da PM (a banda podre) como bastião de sua campanha, como bunker de onde partia toda sorte de patifaria eleitoral.
Portanto, após passar por cima de todo limite, Melo colhe agora os resultados de sua nefasta decisão de aparelhar a PM a fim de envolvê-la em sua campanha.
Se a parte podre foi chamada para a tarefa “suja”, quem se surpreende de que essa “banda podre’ da PM tenha ido a busca de dinheiro e de “votos” (isso é o de menos) dos “manos” do crime organizado?
É do conhecimento de todos que o narcotráfico estava inundando o Amazonas de pó e de sangue, bem como fazendo “vítimas” morais no tecido social e do Estado via financiamento, se infiltrando na Câmara Municipal de Manaus e nas do interior, na Assembleia Legislativa, na Justiça e no Executivo, mas daí a vê-la financiando a campanha para governador “é de estarrecer”.
Essas coisas não acontecem sem uma consequência e, no caso, elas se dão em termos de vítimas da violência: 37 mortes por cem mil habitantes no Amazonas.
Ao observarmos o quadro acima, no período de Braga (2003 a 2009), portanto em 7 anos, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Amazonas cresceu 8,5pp (de 18,5 para 27,0), o que não é nada desprezível e nem pode ser motivo de comemoração, ao contrário, é de “estarrecer”.
Isso apenas prova que algo deve ser feito IMEDIATAMENTE pelas autoridades federais e estaduais, ou o Brasil PERDERÁ o Amazonas para o narcotráfico.
No período 2010 a 2012 (quando Melo e Omar “comandavam” o Estado), pela mesma tabela, em apenas 3 anos!, a taxa de homicídios salta 4,2pp, de 27,0 para 36,7, demonstrando que o Estado está cada dia mais engolfado em sangue por conta fundamentalmente do narcotráfico, que encontra na Região todas as facilidades:
logística favorável, com rios imensos, falta de efetivos de combate, população refém da miséria afeita a qualquer ganhos fáceis (principalmente os jovens), estrutura da Justiça lenta e leniente, polícia corrupta, presídios feitos “de papelão” onde os traficantes vão passar “uma chuva” e comandam lá de dentro as ações lá fora, fora o resto.
Assim, os criminosos deram nestas eleições o passo mais ousado: influir na eleição para o governo do Estado.
Melo está desmoralizado. Se ganhar, será considerado o “governador dos manos”.
Se perder, deixará atrás de si um rastro de sangue e uma tarefa nada desprezível a ser enfrentada com prioridade extrema pelo novo governador.
Pobre grande Estado!