dificuldades econômicas no país, com o endividamento das famílias chegando a mais de 60% das famílias, e o dólar valorizado em relação ao real farão do Réveillon do Rio um dos mais procurados de todos os tempos. Para a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ), isso fará lotar os hotéis da cidade.
Segundo a Abih-RJ, a taxa média de ocupação da rede hoteleira está em torno de 77%, um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao ano passado.
O vice-presidente da associação, Paulo Michel, comemora o índice elevado de ocupação dos hotéis e diz que a crise financeira favoreceu a cidade, do ponto de vista financeira. A ocupação é mais intensa nos bairros do Leblon, de Ipanema e de Copacabana, na zona sul da cidade, onde estão os estabelecimentos mais procurados por turistas brasileiros e estrangeiros.
Segundo Paulo Michel, o aumento da taxa de ocupação para as festas de Natal e Réveillon ocorre mesmo com o crescimento do número de quartos nos hotéis, do ano passado para este ano. “Não há dúvida de que a crise favoreceu o Rio do ponto de vista turístico. A situação é muito boa e deverá melhorar ainda mais para o carnaval”, afirmou Michel, que espera uma virada de ano com hotéis praticamente lotados.
“Com a valorização do dólar frente ao real [e o alto índice de endividamento das famílias, como constatou pesquisa divulgada na semana passada pela Fundação Getulio Vargas], os turistas brasileiros e estrangeiros estão priorizando o Brasil neste período de férias. E o Rio, sem dúvida, é o destino mais procurado pelos turistas, inclusive os estrangeiros, que aproveitam a valorização da moeda americana”, disse o vice-presidente da Abih-RJ à Agência Brasil.
Ele informou que a oferta de vagas nos hotéis da cidade, que no ano ano passado estava em torno de 30 mil quartos, este ano subiu para mais de 40 mil. “São mais 10 mil quartos, dos quais de 6 mil a 7 mil passaram a ser disponibilizados na Barra da Tijuca, na zona oeste. Mas, felizmente, para o setor, este crescimento foi acompanhado também pelo aumento da demanda.”