Debate – Professor Melo se comporta como aluno do curso de alfabetização e fala em energia “aeólica”

Na noite desta quinta-feira, 28,  houve o primeiro debate da BAND pela televisão em Manaus. O debate seria o melhor momento para o eleitor saber realmente quem é o melhor candidato ao governo (ou presidente) se realmente fosse um debate.

Não bastassem o apresentador (trapalhão e atrapalhado com nomes, sorteios e temas, chegando a propor que Eduardo Braga perguntasse para si próprio e ainda fizesse réplica – esqueceu a tréplica! Uma bagunça!) e alguns candidatos como que saídos de algum túnel do tempo “de volta para o passado”, a coisa poderia ter sido melhor. Esse formato está ultrapassado! Fica um lengalenga de dar sono em “porco da mão branca”.

Isso sem contar que, pelo andar da carruagem, tudo foi combinado para massacrar o Eduardo Braga, bombardeado do começo ao fim pelo candidatos Zé, Abel, Chico e Marcelo.

Abel Alves parecia uma “múmia paralítica”. Ou o “capitão caverna”. Queria esconder-se do sol com aquele chapéu? Falava em “meia sola”…

Ninguém com menos de 60 anos sabe o que isso quer dizer. Isso é do tempo em que existiam sapateiros e se mandavam consertar sapatos com “meia sola” porque não se tinham dinheiro para pôr sola inteira.

O coitado chegou a se atrapalhar, além do resto, quando, logo após se dizer anistiado, agradeceu aos “militares”.

O que ele quereria dizer com isso?
Ato falho com respeito à bolsa ditadura? Vá saber. Ainda fez reminiscências com o falecido Botinele (do “pau neles, companheiros!” – isso é coisa velha, velha,…) quando fez o repto: “50 neles”.

Chico Preto se portou como “artista de cinema”, altivo, elegante, voz empostada. Todos nós sabemos que ele é candidato de si mesmo a galã. O que disse de bom não é novo, e o que disse de novo, não é bom. Passou bem pelo teste do candidato-debatedor almofadinha.

O candidato Marcelo “Marina” Ramos é pau pra bater em Chico e também pau pra bater em Francisco. Ele encarnou a entidade da floresta e mandou ver.

Caprichou no “nós” contra “eles”. Para ele “nós” é ele mesmo e o “povo”, e “eles” são os outros, os “capetas”.
Como pastor de uma nova religião da esquerda florestal, cuja sacerdotisa é Marina, se disse o “novo” contra o “velho”.

Deveria ser o “bom” contra o “mal” gestor. Mas deixa pra lá.
Como se fosse vereador e candidato a prefeito ele propôs resolver a questão da mobilidade urbana de Manaus com bicicleta. No frio que faz em Manaus…

Parece coisa de intelectual do “miolo mole”. Como o irmão dele é delegado federal, ele sabe os nomes de todas as “operações” da PF. Aquelas mesmas que não conseguem manter ninguém preso. Só dá manchete de jornal.

Preso mesmo somente o Adail, mas por “razões infantis”.

Como estava pensando em traficante e cheira pó, Ramos-Marina queria “asfixiar” os caras sabe-se lá com que…

Marcelo houve-se, sobretudo, com irreconhecível imaturidade. Repetiu o erro de velhos caciques, de uma política ultrapassada, que o povo brasileiro já aboliu que, portanto, não tem espaço no atual contexto da história.

Marcelo foi ofensivo. Mostrou que não está preparado para o debate muito menos para governar.

Com a sua macheza de bordel mostrou o lado mesquinho de seu caráter que, por certo, lhe tirou o pouquinho de voto conquistado.

Melo parecia candidato a centro acadêmico: “eu defendo isso, eu defendo aquilo”. Como assim Melo?

Candidato a governador fala assim: “no meu governo eu farei isso; no meu governo, eu farei aquilo”. Tu és governador, pô!

Acontece que nem ele mesmo acredita que represente algum governo…

Falando de logística, Melo prometeu uma coisa realmente revolucionária: prometeu “aproximar” o Amazonas do Sul do país. A geografia do Brasil nunca mais será a mesma!

Pior, Melo saiu-se com essa pérola: “defendo energia limpa, como a aeólica (sic), porque energia no Brasil é competência do governo federal”. O que é que é isso, professor?

 

melo aeólica

Agora o que pareceu mais incrível é que todos esses candidatos-debatedores se dirigiam ao distinto público com a expressão: “…defendo isso; …defendo aquilo” como se estivessem se dirigindo ao candidato Eduardo Braga, que sabem que será o governador a despeito de se dispor a debater com eles, todos uns nefelibatas.

Braga se saiu muito bem, seguro, apesar do confuso apresentador, que lhe retirou participações, meio atrapalhado, com papéis e papéis, com regras, com réplicas e tréplicas, essas coisas bestas que acontecem em um desses debates chatos que fazem na tv.

Como quem conhece o que fez não esquece dos detalhes, citou suas realizações, inclusive as deixadas em andamento, prometeu fazer tantas outras com a segurança de quem já fez e ainda achou tempo para responder ao recém convertido “marinheiro” Marcelo Ramos sobre as “operações holofotes” que a PF do irmão dele faz toda a semana.

O que lhe rendeu um chilique-resposta a Braga como quem “tirou uma casquinha” do ex-governador, que não responde por nenhuma dessas tão pomposas “operações” e que mandou apurar toda e qualquer safadeza.

Marcelo e Marina tem de responder é a umas perguntinhas sobre o jato PT-AFA que não tem dono, está cheio de laranjas e caixa dois na história depois da queda.

Ninguém no PSB dá uma miserável explicação com pé e cabeça. Nem o Bonner conseguiu nada com a “Esfinge decifrada” da Marina Silva.

Melo, pobre “Melinho”, melhor seria que não tivesse comparecido a debate algum. Não sabia o que dizer, como justificar o fim da desoneração da cesta básica e dos mais de R$ 20 bilhões arrecadados a mais em quatro anos contra 2 R$ bilhões na administração do seu opositor. Foi pra lá, veio pra cá, tergiversou e nada.

 

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