O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou na manhã de hoje (30) que os atos de depredação contra a sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, na noite de ontem, não foram praticados por “estudantes”, mas por “criminosos”.
“Foi um ato criminoso, de baderneiros que invadiram e quebraram vidraças, bancos e cadeiras e destroçaram boa parte do patrimônio do MEC, aterrorizando inclusive os funcionários que sairam às carreiras do prédio. A Polícia Federal já foi acionada e cuidará da apuração sobre a ação dos baderneiros criminosos que invadiram o MEC ontem”, disse o ministro.
A manifestação realizada ontem em frente ao Congresso contra a PEC 55 (que limita os gastos públicos), organizada por centrais sindicais e estudantes, acabou em confronto com a Polícia Militar. No protesto, o prédio do MEC foi invadido e teve vidraças e equipamentos depredados.
Os prejuízos ainda estão sendo calculados, disse Mendonça Filho. Ele não comentou sobre a PEC 55, que para os manifestantes tem o potencial de retirar recursos da educação.
O ministro fez os comentários sobre a depredação do MEC após se renuir com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para discutir a instalação de bibliotecas em penitenciárias e a criação de novos cursos de pós-graduação nas escolas de magistratura.
Mendonça Filho disse ter explicado a Cármen Lúcia os detalhes sobre a Medida Provisória que propõe a reforma do Ensino Médio, ora em discussão no Congresso. Segundo ele, a pasta espera que o assunto não chegue ao Supremo. O ministro negou que o governo planeje qualquer medida judicial contra as ocupações de universidades e escolas, que ocorrem em diversos estados.