Uma deputada distrital, um ex-diretor da autarquia responsável pelo transporte público do Distrito Federal e pelo menos dois servidores do Banco do Brasil estão entre os 32 suspeitos de integrar um esquema criminoso que aplicou um golpe milionário no banco público. Segundo o delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, Jefferson Lisboa, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 100 milhões.
Trinta e duas pessoas investigadas foram conduzidas para prestar depoimento durante a primeira fase da Operação Trick, deflagrada na manhã de hoje (30). Entre os investigados estão a deputada distrital Telma Rufino (PPL) – que, por ter mandato parlamentar, não pôde ser conduzida para depor – e o ex-diretor do DFTrans e atual presidente do PPL, Marco Antônio Campanella. De acordo com o delegado, Rufino e Campanella são, junto com o gerente de uma agência do Banco do Brasil alvo do esquema, “os principais líderes da organização criminosa”.
“Ficou demonstrado que eles [Rufino e Campanella] tinham uma empresa real para possível lavagem do dinheiro e eram os mentores do esquema. Criavam empresas fantasmas, com as quais entravam em contato com o gerente do banco – também ele considerado um dos chefes do esquema – e conseguiam o dinheiro [emprestado]”, disse Lisboa durante entrevista à imprensa. O gerente do banco, cujo nome não foi divulgado, era responsável por liberar o dinheiro solicitado, independentemente da inconsistência dos documentos apresentados.