Deputados federais da Comissão Externa criada para apurar o assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes estiveram reunidos, na tarde desta quarta-feira (28), com o chefe de Polícia do Rio, delegado Rivaldo Barbosa. O objetivo da reunião foi buscar informações sobre o andamento das investigações da morte da vereadora, assassinada no dia 14, e também sobre a chacina de cinco jovens, no município de Maricá, na região metropolitana, ocorrida na madrugada de domingo (25).
Depois da reunião, que durou cerca de duas horas, a vice-presidente da comissão, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), se mostrou satisfeita com os rumos das investigações.
“O que pudemos observar é que o caso Marielle tem absoluta prioridade nas investigações do estado, existe um compromisso muito grande da chefia de Polícia, que busca não apenas os autores, mas as motivações do crime. Segundo a chefia, não existe falta de estrutura para as investigações e há total integração de inteligência no caso”, disse a deputada.
Além dela, participaram da reunião os deputados Wadih Damous (PT-RJ), Alessandro Molon (PSB-RJ) e Glauber Braga (PSOL-RJ), relator da comissão. Segundo Glauber Braga, a resposta da polícia é que eles estão com a estrutura necessária para realizar as investigações e que há prioridade e motivação para se chegar aos autores do crime: “Um ponto que tivemos de retorno, até este momento, é que há avanço na investigação”.
Também participaram da reunião os delegados Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios da capital, e Bárbara Lomba, da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, além do prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT). As primeiras investigações da polícia e o relato dos moradores apontam para a participação de milicianos na morte dos cinco jovens.
“A gente não tem área de domínio territorial de milicianos estabelecida em Maricá. Aqui e acolá se escuta rumor de algo nessa natureza. Essa discussão sobre o domínio da milícia, podemos evoluir para isso com as investigações sobre o caso. A delegada Bárbara acha, e a linha de investigação parte desta premissa [participação de milicianos], mas a conclusão da existência dela demanda investigação”, disse Horta.