O promotor de Justiça Rodrigo Miranda Leão de Araújo ofereceu, terça-feira (24), à Vara Especializada em Crimes contra Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, denúncia contra o desembargador aposentado Rafael Romano, 72 anos, por estupro de vulnerável. O magistrado é suspeito de abusar sexualmente da neta.
Além da citação de Romano para responder à acusação, o Ministério Público do Estado (MPE-AM) requereu que as vítimas e testemunhas sejam intimadas para prestar depoimento em audiência de instrução.
À denúncia , o MPE-AM pede que, ao final do processo, Rafael Romano pague R$ 150 mil à vítima para reparar danos causados por conta do crime. O valor deve incidir juros, desde a data em que o caso ocorreu.
O desembargador aposentado é avô paterno da vítima. Em 2009, quando começaram os abusos, a neta de Romano, que foi titular do juizado do menor e do adolescente, tinha sete anos de idade.
O último caso, segundo relato da vítima, ocorreu quando a menina já estava com 14 anos. O caso foi denunciado ao Ministério Público pela mãe da menina.
Rafael Romano atuou no Juizado da Infância e da Juventude no Amazonas e foi relator da operação Estocolmo, deflagrada em 2012 para combater o crime de exploração sexual de jovens no Amazonas, envolvendo políticos, entre eles o ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, e empresários.