Dezenas de pessoas foram mortas em sequência de ataques aéreos na cidade síria de Idlib. A região é controlada, em sua maioria, por grupos islâmicos. Nas últimas semanas, os combates no local se intensificaram.
Ontem (9), o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, convocaram todas as partes envolvidas no conflito na Síria a aderirem a um cessar-fogo a partir do anoitecer da próxima segunda-feira (12).
Após mais uma rodada de negociações para definição de um plano para reduzir a violência na Síria e levar o país árabe a um processo de transição política, os ministros norte-americano e russo anunciaram que se “a janela de oportunidade” for respeitada, Washington e Moscou iniciarão uma colaboração militar para combater grupos terroristas, como a Frente Al Nusra e o Estado Islâmico.
O governo brasileiro saudou o anúncio do acordo, que foi mediado pelas Nações Unidas e envolve, além do cessar-fogo, a melhoria do acesso humanitário; a criação de condições para a retomada do Diálogo Político Intra-Sírio mediado; a separação efetiva, no terreno, entre grupos oposicionistas participantes do diálogo e grupos terroristas; e o combate ao terrorismo na Síria.
De acordo com nota assinada pelo chanceler José Serra, divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores, o governo brasileiro espera que a cessação de hostilidades constitua passo significativo na direção de um acordo definitivo entre o governo sírio e os grupos oposicionistas participantes do diálogo, que permita encerrar o conflito e assegurar à Síria um futuro seguro e pacífico.