Dia de São Sebastião é celebrado com procissão no Rio

Bondinho do Pão de Açucar (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Feriado no Rio de Janeiro, o Dia de São Sebastião será comemorado na cidade com celebrações dentro e fora das igrejas católicas, incluindo a tradicional procissão entre a Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, e a Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro.

Segundo a tradição católica, São Sebastião foi um soldado do Império Romano que se converteu ao cristianismo, tendo sido martirizado por duas vezes, devido a sua fé e atingido com flechadas que são hoje reproduzidas em  sua imagem.

A Igreja dos Capuchinhos é um dos principais locais de comemoração, que é onde os frades capuchinhos guardam a imagem de São Sebastião, conduzida durante a procissão.

Ao longo de todo o dia, estão previstas 14 atos no templo. O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tesmpesta, rezou missa às 10 horas, além de participar da procissão e de uma missa solene, marcada para 18h na Catedral Metropolitana.

A procissão, que começa às 16h, vai percorrer ruas da Tijuca, Rio Comprido, Estácio, Lapa e centro, chegando à catedral pela Rua da Relação e Avenida Chile. Após a missa, a imagem retorna em procissão para a Igreja dos Capuchinhos.

Dia de Oxóssi

Devido ao sincretismo religioso, o dia de São Sebastião também é dia de festa para os fiéis de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro, que comemoram na mesma data o dia de Oxóssi. Assim como São Sebastião, Oxóssi tem a flecha como um de seus símbolos e seus fiéis o consideram o rei das matas, das caças e da fartura.

Além de ser padroeiro do Rio, São Sebastião também é padroeiro da escola de samba Paraíso do Tuiuti, que fará o desfile deste ano em homenagem ao santo. O ritmista Leonardo Areias, que está há sete anos na escola, foi à Igreja dos Capuchinhos hoje prestar homenagem e pedir um bom carnaval para sua agremiação.

“Acho que [esse enredo] envolve muita emoção e proteção. É como se ele estivesse protegendo a gente na hora do desfile”, disse Areias, que foi criado em uma família católica.

A fé de sua mãe fez a dona de casa Sebastiana Maria Freitas ganhar o nome do santo celebrado na data de hoje. Vizinha da Igreja dos Capuchinhos, ela conta que vai todo ano à celebração. “Não sou devota, mas venho no dia dele. Creio nos santos, creio que fazem milagres. É só você ter fé”, afirmou.

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