‘Dia Z’ de combate ao Aedes aegypti é lançado em Manaus que já registra quase 100 casos de zika vírus

O ‘Dia Z’ de Combate ao Aedes aegypt mobilizou, sábado, 19, mais de sete mil servidores das secretarias municipal (Semsa), e estadual de Saúde (Susam), na guerra contra o mosquito. Mais de 100 pontos estratégicos da cidade tiveram mobilização com distribuição de folders, adesivos e outros materiais educativos para alertar a população sobre os perigos da dengue, chikungunya e zika vírus.

A abertura do evento foi na Bola do Produtor, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste.

Na abertura, os drones, aliados dos agentes de endemias da Semsa na identificação de focos de mosquito, foram apresentados à imprensa, assim como os carros e motos que vão fazer a borrifação (fumacê) nos locais com grandes focos do mosquito. “Estamos ampliando nossas ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

Até o dia 18 de dezembro, Manaus tinha 60 casos notificados de zika vírus, sendo que um confirmado, cinco descartados e 54 permanecem em investigação, dos quais 11 de gestantes. Nenhum caso de grávida com microcefalia foi diagnosticado até agora em Manaus.

Durante o ‘Dia Z’ foi aplicada nas residências a checklist contra o Aedes aegypti. Trata-se de uma metodologia simples, que deve ser feita a cada sete dias, pelos moradores em cada casa e vizinhança, para romper com o ciclo de desenvolvimento do mosquito. Verificar e remover águas limpas e paradas em caixas d’água, garrafas, pneus, calhas, entulhos estão entre as medidas.

Nas ações, fiscais da Vigilância Sanitária (Visa Manaus) também fizeram blitz em locais considerados de alto risco de focos do mosquito para averiguar a presença ou não de Aedes aegypti.

Teste

Atualmente, a circulação do vírus Zika em uma região é confirmada em algumas amostras, por meio de teste PCR. Em média, leva-se até 15 dias para a coleta, o envio ao laboratório de referência, o processamento, a análise e o resultado das amostras.

O teste deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. A partir da confirmação e caracterizada a presença do vírus na região, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.

Vale ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção, pois cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.

Os números

Até o último sábado (12), foram notificados 2.401 casos de microcefalia (quadro relacionado à infecção por vírus Zika em gestantes) em 549 municípios de 20 unidades da Federação. Desses, 134 foram confirmados como tendo relação com o vírus, 102 foram descartados (não têm relação com a doença) e 2.165 estão em investigação.

O balanço mostra ainda que 29 óbitos por microcefalia foram notificados desde o início do ano: um no Ceará, confirmado como tendo relação com o zika; dois casos no Rio de Janeiro, descartada a relação com o zika; e 26 estão em investigação.

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