Dilma caiu porque vetou aumento abusivo de 78% para judiciário em 2015, por Esmael Morais

Um dos motivos da participação do judiciário no golpe foi o veto da presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2015, do aumento abusivo que chegaria até a 78,6%, em pleno período de recessão.

Em maio de 2016, quando aqueles áudios da lava jato vazaram, Dilma reclamava ao então presidente do Senado, Renan Calheiros, da impossibilidade de conversar com o STF porque os ministros só pensavam em aumentar salários.

Na crise do impeachment, Renan explica o motivo de os ministros não negociar com Dilma:

‘Não negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda –estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada– aí ela disse: ‘Renan, eu recebi aqui o Lewandowski, querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável’.

Relembrando isto, o motivo da participação do judiciário no golpe, dificilmente Congresso Nacional ou o Palácio do Planalto terão colhões para barrar o aumento de 16,8% para os ministros do Supremo e conter seu efeito cascata em outras áreas do serviço público.

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