Dilma Rousseff diz que ‘farsa jurídica’ motiva indignação internacional

RS - DILMA/RS - POLÍTICA - A presidente Dilma Rousseff durante entrevista coletiva após a reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, nesta sexta-feira (28) no Palácio do Piratini, em Porto Alegre (RS). Dilma anunciou repasses de recursos para o Estado para enfrentar os problemas provocados pela estiagem. Até esta semana, 15 municípios já haviam decretado situação de emergência por causa da seca. 28/01/2011 - Foto: ALEXANDRO AULER/AE/AE

Nesta segunda-feira (16), a presidente afastada Dilma Rousseff usou sua página do Facebook para criticar as notas emitidas pelo Ministério das Relações Exteriores que repudiavam as manifestações dos governos de Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e El Salvador contra o impeachment. Agora sob comando de José Serra, o Itamaraty também retrucou a posição do Secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper.

Leia abaixo o texto completo.

O mundo preocupado com o golpe no Brasil

Na tentativa de justificar o ataque ao Estado Democrático de Direito conduzido por partidos políticos, empresários, oligopólios da informação e corporações, o Ministério Interino de Relações Exteriores do Brasil emitiu notas criticando governos latino-americanos e o Secretário-Geral da Unasul, Ernesto Samper, por denunciarem o golpe parlamentar que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República.

A reação de governos estrangeiros e de importantes setores da opinião pública mundial, entre eles o Secretário-Geral da OEA, expressa a indignação internacional diante da farsa jurídica aqui montada. Ao mesmo tempo, revela a preocupação de que essas práticas, travestidas de legalidade, possam se espalhar por outras partes do mundo, especialmente na América Latina, promovendo a desestabilização de governos legítimos e revertendo as grandes conquistas sociais e democráticas alcançadas nos últimos 15 anos.

Forças partidárias, como as que pretendem agora conduzir a política externa brasileira – tradicionalmente submissas às grandes potências – não têm autoridade política ou moral para invocar o princípio da soberania, sobretudo quando têm costumeiramente praticado a ingerência nos assuntos internos de outros países da região.

Governos e povos da América Latina estão também preocupados com as ameaças que o novo ministro recorrentemente fez ao Mercosul e com sua disposição de estabelecer acordos econômicos e comerciais profundamente lesivos ao interesse nacional.

Fieis e gratos à solidariedade que estamos recebendo do mundo inteiro, nos sentimos mais fortalecidos em nossa disposição de resistir ao golpe que se pretende consumar contra nossa democracia.

Assessoria de Imprensa

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