A despesa de R$ 120 mil pelo aluguel de um trio elétrico declarada pelo senador Magno Malta (PR-ES) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi negada pelo proprietário do veículo.
O vendedor Cleomar Marcelo Santana, conhecido como Mazinho, morador de Vila Valério (ES), negou, em entrevista ao GLOBO, a realização de qualquer serviço para a campanha de Malta.
Ao ser informado sobre o valor da despesa fornecida ao TSE, Mazinho ficou surpreso e se disse “indignado” por seu nome ter sido “usado” sem seu conhecimento na prestação de contas. “R$ 120 mil é o preço do meu carro de som”, afirmou Mazinho.
Malta disse, via assessoria, que pagou pelo serviço e usou o trio elétrico em diversas cidades do interior.
Segundo Mazinho, o carro de som, apesar de estar em seu nome, era usado na cidade pelo vereador Ricélio Linhares (SD), que também é locutor. O parlamentar admitiu ter feito campanha para Malta no município.
A campanha de 2018 durou 45 dias. Em Vila Valério, o carro de som de Mazinho costuma ser alugado em eventos por valores que vão de de R$ 800 a R$ 1 mil, segundo O GLOBO apurou. Mesmo se tivesse sido alugado durante toda a campanha, o que, segundo Mazinho, não aconteceu, o aluguel não teria chegado perto do valor informado ao TSE— os R$ 120 mil divididos por toda a campanha implicariam em um gasto diário de R$ 2,6 mil.