Na coletiva de Dunga nesta segunda-feira, o amistoso entre Brasil e Áustria ficou em segundo plano e o foco da entrevista foi a polêmica em torno da braçadeira de capitão da seleção. Apesar da fama de durão e a expectativa em torno de uma possível irritação por conta das declarações de Thiago Silva, o treinador se mostrou tranquilo, mas avisou: “A seleção não tem dono”.
Apesar da alfinetada, ele não quis polemizar. Se limitou a dizer que todos os atletas podem expressar suas opiniões, zelou pelo “clima tranquilo” na seleção e disse que “vivemos numa democracia”. No entanto, Dunga fez questão de elogiar Neymar, afirmando que desde que o atacante do Barcelona tornou-se capitão vem correspondendo dentro de campo e que questões físicas e técnicas também influenciam.
Perguntado sobre a utilização de alguns outros nomes, como o grande destaque do Português Anderson Talisca, ele pediu calma. “Tem jogador que chega na seleção e se sente a vontade. Tem outros que demoram mais. Tem alguns que, quando estão no clube, a maioria elogia, e quando ele chega aqui começam a observar alguns defeitos. Então eles tem que estar preparados para isso.”
“Alguns poderiam pensar que teria q mudar a equipe. Todos querem jogar, vocês estão vendo eles se entregando no treino. Mas tem um fator psicológico. Não pode tirar o jogador no momento em que ele está bem, tem que dar uma segurança. Mas é lógico que durante o jogo os outros vão ter oportunidade, precisa de um equilíbrio.”
Sobre a alta competitividade e intensidade observada nos treinamentos, o técnico tratou com naturalidade e elogiou a entrega do elenco: “Se eu tenho uma Ferrari e vou para a Fórmula 1 eu não posso treinar com a velocidade do kart, se não eu não tenho noção. No futebol é assim. Você precisa treinar conforme vai acontecer no jogo.”
Sobre o amistoso desta terça-feira, Dunga garantiu que o time será o mesmo que começou jogando contra a Turquia, com Diego Alves; Danilo, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar; Willian, Luiz Adriano e Neymar.
