No fundo, só os vascaínos sabem a angústia que sentem. O Brasileiro 2015 não está sendo fácil para o coração cruz-maltino. São 34 rodadas na zona do rebaixamento, muitas zoações e um sofrimento que parece não ter fim. Neste domingo, o torcedor precisa torcer por Corinthians e — quem diria? — Fluminense para não ver o time na Série B. Uma situação indesejada, mas que não tira o otimismo de Martinho da Vila, um apaixonado pelo clube.
— O Avaí não tem time para ganhar do Corinthians. Já o Fluminense, depois de tanta pressão, ficou com uma obrigação moral de vencer o Figueirense. Senão vão dizer que foi de propósito. E eles não vão querer isso para eles. Tenho certeza de que vão entrar em campo e vencer — afirma o cantor e compositor, que topou a brincadeira de posar para o Jogo Extra com camisa e bandeira dos clubes para os quais torcerá hoje.
É verdade que o destino do Vasco está nas mãos dos rivais. Mas, se o clube chegou a esta situação, foi por conta de suas próprias limitações. Na 23ª rodada, quando 69 pontos já haviam sido disputados, o Vasco só tinha conquistado 13. A reação veio devagar, devagarinho.
— Esse time não é ruim. Mas demorou a encaixar. O Nenê tinha que ter chegado antes — analisa Martinho.
Como todo bamba, o cantor já está escaldado com o Vasco. São dois rebaixamentos de experiência. E a certeza de que, mesmo em caso de nova queda, a volta por cima é questão de tempo.
— Antigamente, jogar a Série B era muito pior. Os jogos não passavam na TV. Você tinha dificuldades para saber o placar — recorda: — Hoje nem é tão ruim. Você joga a segunda divisão com equipes tradicionais. E ainda pode passar um ano tranquilo para voltar melhor. Olha o Botafogo. Viveu um ano incrível!
Tranquilo, mas sem perder a confiança. Hoje, às 17h, Martinho e todos os cruz-maltinos empurrarão o próprio time, o Corinthians e o Fluminense rumo às suas vitórias, para que o samba vascaíno não desafine. É para o torcedor cantar forte, cantar alto, que a vida vai melhorar:
— A sorte abandonou o Vasco durante o campeonato inteiro. Uma hora ela vai sorrir para a gente. Tem que se agora.
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