Em Itacoatiara, apresentador “empolgado” chama José Melo de Eduardo Braga

O governador José Melo não cabe em si de tanto deslumbramento, mas está enganado com a turma que anda com ele. Assim como ele já foi, um dia, arroz-de-festa de comício oficial, ele nem desconfia daqueles que o cercam, de que são todos não passam de hienas sorridentes diante da carniça, e que, se o chefe não tiver luz própria, eles são incapazes de reunir meia dúzia de pessoas para servir de claque alugada.

Em Itacoatiara foi assim. Mas, como vive em um “universo paralelo”, fora da realidade, mesmo assim ele está se achando. Acha que, porque é governador e amealhou o apoio de meia dúzia de gatos pingados, aboletados em “cargos de confiança”, (os ditos “comissionados”), acha que é o bambam da parada.

Sua “visita” mais do que eleitoreira a Itacoatiara foi um fiasco. Diante de um auditório vazio, teve de ouvir a cobranças do povo, que não deixou passar barato a presença do chefe, cabisbaixo, com o fracasso do encontro com o povo da cidade da Pedra Pintada.

O futuro não pode ser apresentado ao povo repetindo no presente a vergonha de um passado recente.

Como cego que tenta se guiar pela fala de um surdo, Melo não sabe o que está acontecendo à sua volta.

Como o costume do cachimbo deixa a boca torta, pra completar, o apresentador tascou essa: “Vamos receber o governador Eduardo Braga”. Putz.

Isso faz lembrar o episódio ocorrido no intervalo do debate da campanha de 2006, em que Melo entra no estúdio da TV Amazonas e, como estavam ali presentes o ex-governador Amazonino e o então governador Eduardo Braga, o Arthur (também candidato e debatedor) tirou sarro dele (do Melo) dizendo, para gargalhada geral:  “Eu fiquei em dúvida para onde o Melo iria se dirigir!”, pois ele servira a Amazonino e nessa ocasião servia a Eduardo Braga, fiel como um taxista.

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