Durante seu primeiro discurso público na cidade de Fátima, em Portugal, o papa Francisco “implorou” nesta sexta-feira (12) pelo fim das guerras no mundo e pediu união para “abater muros”.
“Imploro para o mundo que haja concórdia entre todos os povos [porque] as guerras destroem o mundo no qual vivemos. Se seguirmos os exemplos de Jacinta e Francisco, percorreremos qualquer rota, andaremos muito longe como peregrinos, abateremos todos os muros e superaremos qualquer fronteira, saindo para todas as periferias e manifestando a justiça e a paz de Deus”, disse às milhares de pessoas que acompanharam o Pontífice.
A oração foi feita durante a visita do líder católico à pequena capela da Aparição de Fátima e, durante todo o percurso feito com o “papamóvel”, milhares de portugueses acompanharam Jorge Mario Bergoglio e o saudaram. “Venho como um profeta e mensageiro para lavar os pés de todos na mesma mesa que nos une. E como bispo vestido de branco [disse em referência aos segredos de Fátima] lembro a todos que, vestidos com a pureza batismal, quero viver em Deus e recitarei os mistérios de Cristo para obter a paz”, disse ainda.
A capela onde Francisco fez suas orações e discurso foi erguida no local onde, pela primeira vez em 13 de maio de 1917, as três crianças Jacinta, Francisco e Lucia, tiveram a visão de Nossa Senhora. A Igreja Católica reconheceu o caráter “sobrenatural” das aparições já em 1930. – Outros compromissos: O discurso na pequena igreja tornou-se o primeiro discurso público porque não foram realizadas falas ao público durante o encontro entre o Papa e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, em uma sala de controle da torre de controle da base militar de Monte Real.
Durante o voo entre Itália e Portugal, Bergoglio havia comentado com os jornalistas que esta era “uma viagem especial” porque era uma “viagem de orações, um encontro com o Senhor e a Santa Mãe de Deus”. A sua 19ª viagem internacional terá como ápice a missa de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco, primos de Lucia dos Santos, que viveu até os 97 anos e dedicou sua vida à religião, tendo se tornado freira, neste sábado (13). (ANSA)