Balanço divulgado hoje (27) pela Defesa Civil do Amazonas informa que as enchentes no estado já afetaram 110.610 pessoas, o que corresponde a 22.116 famílias. Neste momento há um município em estado de calamidade pública: Boca do Acre, localizado na microrregião de Purus; 18 em situação de emergência e cinco em situação de alerta. Segundo o governo do estado 363 toneladas de alimentos foram enviados a 19 municípios atingidos pelas cheias.
Em Tabatinga, a maior enchente da história ocorreu em 1999, quando o nível do Rio Solimões ficou em 13,82 metros – cota pouco acima dos 13,54 metros registrados no domingo (26). Na localidade há seis bairros e 29 comunidades ribeirinhas atingidas pela enchente. De acordo com a Defesa Civil, só nessa região 3.680 pessoas foram afetadas pela cheia do rio. Em Benjamin Constant, as cheias atingiram 51 das 61 comunidades rurais. Seis dos nove bairros estão alagados. Onze famílias desabrigadas foram realocadas em dois abrigos humanitários, onde recebem refeições, assistência médica e social.
Os municípios que estão com situação de emergência declarada são Itamarati, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira e Juruá, localizados na microrregião de Juruá; Canutama, Tapauá, Carauari, Pauiní e Lábrea, na microrregião de Purus, além de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, Amaturá, Santo Antônio do Iça, São Paulo de Olivença e Tonantins, no Alto Solimões. Já os municípios em situação de alerta são Humaitá, localizado em Madeira. Também estão nas mesmas condições Fonte Boa, Uarini, Alvarães e Tefé, localizados no Médio Solimões.
Por meio de nota, o secretário de Defesa Civil do Amazonas, Roberto Rocha, disse que a ajuda financeira enviada pelo governo do estado ajudará as prefeituras a manterem a logística de atendimento às famílias que se encontram com seus orçamentos comprometidos. Segundo ele, foram enviados R$ 550 mil à região de Boca do Acre; R$ 200 mil a Envira; R$ 200 mil a Itamarati; e R$ 300 mil a Eirunepé.