Enchentes no RS: número de mortos chega a 136, com 125 desaparecidos

IGO ESTRELA/METRÓPOLES @igoestrela

As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram 136 mortos até a manhã deste sábado (11/5), com 125 pessoas desaparecidas (confira as localidades aqui). São 10 óbitos a mais do que os divulgados em boletim pela Defesa Civil do estado no início da noite de sexta (10/5).

De acordo com os dados, as chuvas afetaram 444 municípios, deixando 71.398 pessoas em abrigos, 339.928 desalojados e 746 feridos.

No total, 1.951.402 moradores do Rio Grande do Sul foram atingidos pelas enchentes de alguma forma.

A Defesa Civil também informou que 74.153 moradores conseguiram ser resgatados, além de 10.348 animais.

Uma das grandes preocupações vem com o nível dos cursos d’água. Mas todos eles têm demonstrado queda. Veja:

  • Lago Guaíba – Porto Alegre – 4,59 metros
  • Rio dos Sinos – São Leopoldo – 5,80 metros
  • Rio Gravataí – Passo das Canoas – 5,79 metros
  • Rio Taquari – Muçum – 10,70 metros
  • Rio Caí – Feliz – 4,38 metros
  • Rio Uruguai – Uruguaiana – 12,08 metros (nível de inundação 8,50)
  • Lagoa dos Patos (São Lourenço S) – 2,48 metros – 17h 10/05 (nível de inundação 1,30)

Prejuízos com as enchentes

As enchentes no Rio Grande do Sul ocasionaram, até então, cerca de R$ 8 bilhões de prejuízo financeiro ao estado. Do valor total, R$ 2 bilhões são no setor público, R$ 1,5 bilhão no setor privado e R$ 4,4 bilhões no setor habitacional. Até o momento, foram registrados impactos em 92,3 mil habitações.

Os dados parciais são da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que acompanha diariamente a situação.

No setor público, os principais setores afetados foram:

  • Danos materiais (R$ 417,1 milhões)
  • Obras de infraestrutura (R$ 1,5 bilhão)
  • Sistema de transportes (R$ 47,7 milhões)
  • Assistência médica emergencial (R$ 9,3 milhões)
  • Sistema de esgotamento sanitário (R$ 15,6 milhões)
  • Limpeza urbana e remoção de escombros (R$ 31,7 milhões)
  • Geração e distribuição de energia elétrica (R$ 4,5 milhões)
  • Sistema de ensino (R$ 82,1 milhões)
  • Abastecimento de água (R$ 11,3 milhões)
  • Sistema de controle de pragas e vetores (R$ 1,2 milhão)
  • Distribuição de combustíveis (R$ 2,1 milhões)
  • Segurança pública (R$ 1,9 milhão)
  • Telecomunicações (R$ 880 mil).

Já no setor privado, os prejuízos atingiram a agricultura (R$ 1,1 bilhão), a pecuária (R$ 61 milhões), a indústria (R$ 166,3 milhões), os comércios locais (R$122 milhões) e os demais serviços (R$ 28,1 milhões).

Com informações de Metrópoles.

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