O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, considerou que a energia solar foi o grande destaque do 2º Leilão de Energia de Reserva 2015, feito hoje (13). Foram negociados 33 projetos de energia solar fotovoltaica, movimentando mais de R$ 4,3 bilhões, já a eólica teve 20 projetos com movimentação de mais de R$ 2,4 bilhões. A potência total negociada nos dois tipos de energia foi 89,03 milhões de megawatt-hora (MWh).
Para o presidente, o grande número de estados (BA, MG, PE, CE, TO, SP, RN, MA e PB), que vão contar com os projetos também representa um fator positivo, principalmente, na Bahia com energia eólica e Minas Gerais com energia solar. “Considero esse leilão um grande sucesso por vários fatores. Além da diversificação geográfica, beneficiando vários estados, houve uma grande competição na energia solar, o que gerou deságio e deixou os preços praticados no país extremamente competitivos em relação ao mercado internacional”, analisou.
Na avaliação de Tolmasquim, o Brasil fica cada vez mais atraente para os fornecedores de equipamentos diante do desempenho do leilão. “Acredito que, com essa sequência de leilões bem sucedidos, de energia solar haverá um estímulo para a entrada de empresas de equipamentos no Brasil, com o ocorreu com a energia eólica”, disse.
No 2º Leilão de Energia de Reserva 2015 teve o objetivo atender a demanda das distribuidoras de energia elétrica. De acordo com a EPE, eles se transformarão, nos próximos três anos, em investimentos no país de cerca de R$ 6,8 bilhões. A capacidade instalada dos projetos é de 548,2 megawatts, em energia eólica, e 1.115 megawatts- pico, em energia solar, e começam a entrar em operação a partir de 1º de novembro de 2018, com prazo contratual de 20 anos de fornecimento.