Entradas da Copa “traficadas” pela Prefeitura de Manaus

Prefeito diz que interdição visa preservar integridade do povo

Uma curiosa notícia abalou a tranquilidade política do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, nesta segunda-feira, 16.VEJA MAIS

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Diante da informação de que um de seus secretários comprou ingressos da Copa para distribuir entre vereadores e outros apaniguados, Arthur, ao invés de demitir o celerado, simplesmente dá uma de “marido enganado”, ou seja, simplesmente manda que “secretários” que “receberam ingressos da Copa do Mundo”, comprados pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), “que devolvam aos cofres públicos os valores correspondentes aos ingressos recebidos”.

É pouco, prefeito, é muito pouco! Deveria demitir todos eles, aos magotes, sob pena de sua administração ficar manchada.

Mais: Isso não é coisa “pequena”, não, como insinua o prefeito.

Dinheiro público é dinheiro público e ponto. Deve haver tolerância zero com qualquer desvio.

O MP pode e deve, sim, se preocupar com “coisas pequenas”, que coisa pequena – distribuir ingressos da Copa com dinheiro público -, pequena não é.

E com o intuito de dar um “passa-moleque” na opinião pública, deu-se uma explicação, via prefeito, mequetrefe: que a compra dos ingressos, no valor de R$ 139,4 mil, “estava dentro do orçamento da promoção turística da Manauscult”.

Ora, ora. Por esse prisma qualquer coisa possa ser “empurrada” desde que, a critério de quem o decida, seja considerada “dentro do orçamento”.

Errado.

Orçamento público não é penico, não.

Como os R$ 139 mil não eram dele, mas da população de Manaus, o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula – bonzinho esse secretário, não? -, optou por “destinar os ingressos a autoridades que contribuíram para a realização da Copa”. Se “autoridade” houve que “contribuiu” para a realização da Copa, não fez mais do que sua obrigação, não é mesmo? De boa intenção o inferno está atopetado de “capetas”, seu Bernardo.

Quem é fiel no pouco, pode ser posto à administrar o muito, mas quem não consegue dar conta de “migalhas” – que, por ser dinheiro público qualquer migalha deve ser tratada como se “milhão” fosse -, tal sujeito deveria receber umas boas chibatadas na hora de receber a carta de demissão.

Chibatadas retóricas, mas chibatadas. Não afagos com desculpas mixurucas.

Ao meio desse imbróglio, Arthur está ainda sugerindo que o MP deixe de cumprir com sua obrigação constitucional para poder “investigar coisas mais sérias, mais graves, como o ‘superfaturamento’ na Ponte Rio Negro e na Arena da Amazônia.

Ora, ora, ora, pela fala do prefeito fica claro então que, se o MP ainda não fez o que sugere Arthur, é porque descumpre seu dever, é negligente como fiscal da Lei.

Se houve problemas com a ponte, ou com a Arena, isso é coisa de Omar e Melo, auaís aliados do prefeito. Isso é “omar-melada”. Não resistimos o trocadilho infame.

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