O pesquisador Mario Cohn-Haft cita entre as serras mais famosas na região, o Pico da Neblina, o Monte Roraima, e várias outras serras, ao longo da divisa entre o Amazonas, Roraima e Venezuela, incluindo-se também a Serra da Mocidade (onde o pesquisador realizou uma grande expedição em 2016, quando foram descobertas mais de 80 novas espécies de animais e plantas)
O especialista em aves, Mario Cohn-Haft, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), foi o convidado nesta manhã do ciclo de palestras “O que eu faço pelo meio ambiente?”.
O evento faz parte da Semana do Meio Ambiente do Instituto, que acontece até neste domingo, no Bosque da Ciência, que está com entrada grátis.
Ele cita, por exemplo, entre as serras mais famosas na região, o Pico da Neblina, a maior montanha do país com 3 mil metros de altitude, o Monte Roraima, que tem um formato de chapada (tepui), e várias outras serras, ao longo da divisa entre o Amazonas, Roraima e Venezuela, incluindo-se também a Serra da Mocidade (onde o pesquisador realizou uma grande expedição em 2016, quando foram descobertas mais de 80 novas espécies de animais e plantas) e a Serra do Apiaú.
No início deste ano, o pesquisador realizou uma expedição até a Serra do Apiaú, que fica no estado de Roraima, no município de Iracema, próxima à cidade de Mucajaí. “É uma serra pequena, que chega a quase 1.500 metros de altitude, e tem um ambiente especial, que é o foco do meu interesse em serra: a floresta nebular”, diz Cohn-Haft.
O pesquisador explica que quanto mais alta, mais fria e mais úmida é a floresta, e mais o ambiente difere do tipo encontrado na baixada. Segundo ele, a floresta montana – aquela que fica acima de mil metros e é “banhada” pelas nuvens (floresta nebular ou floresta nas nuvens) – é tão diferente das matas de terras baixas da Amazônia, que os animais e plantas também são diferentes.