O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou as condições para Kiev (capital da Ucrânia) receber US$ 1 bilhão de empréstimo. A terceira parcela das garantias de empréstimo será transferida apenas após a Ucrânia completar a formação do governo, declarou Obama. Além disso, Washington espera que o novo gabinete coopere com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os presidentes da Ucrânia e dos EUA, Pyotr Poroshenko e Barack Obama, respectivamente, discutiram no âmbito da Cúpula da Segurança Nuclear em Washington (EUA) a concessão da ajuda financeira, divulgou a assessoria de imprensa de Poroshenko. “Obama confirmou a oportunidade de fornecer a terceira parcela da garantia de empréstimo no valor de US$ 1 bilhão no final do processo de formação do governo na Ucrânia”, informa o comunicado.
As partes também discutiram a situação na região de Donbass (Leste da Ucrânia).
Ates do encontro com Obama, Poroshenko esteve com o vice-presidente dos EUA Joe Biden, que também destacou a importância de formar um governo viável para a concessão do empréstimo.
A Ucrânia enfrenta crise em todas as esferas.
Além disso, Biden anunciou a contínua assistência militar para a Ucrânia, no valor de US$ 335 milhões. O dinheiro será usado para treinar o pessoal militar, atraindo novos conselheiros, além de armas não letais.
A chancelaria russa comentou as condições apresentadas por Obama. A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse que a situação em Donbass só será normalizada depois de o governo dos EUA ligar a concessão futura de empréstimos à necessidade de respeitar os Acordos de Minsk e à formação de um novo governo.
Em meados de março, a Suprema Rada (Parlamento) da Ucrânia realizou uma votação sobre a questão de apresentação de voto de desconfiança ao governo chefiado pelo primeiro-ministro atual, Arseni Yatsenyuk, depois de o presidente do país ter apelado a ele para se demitir voluntariamente.
Durante a votação na Suprema Rada sobre a demissão de Yatsenyuk, houve 194 votos a favor, dos 226 votos necessários para tomar a decisão. O ex-presidente ucraniano Nikolai Azarov classificou o resultado e a própria votação de “nada mais do que um espetáculo”.