Eurico Miranda pode cair com o Vasco da Gama

Eurico Miranda até já pediu desculpas para a torcida do Vasco, mas salvar a equipe do rebaixamento no Campeonato Brasileiro é praticamente uma missão impossível. O cartola sonha que o clube arranque e saia do Z-4, mas, se isso não acontecer, ele estará ao lado de outros presidentes dos 12 grandes que já viram seus times na Série B.

Veja, abaixo, o que aconteceu com os presidentes de grandes clubes rebaixados:

Grêmio-91
Em 1991, o Grêmio caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro. Apesar do então presidente da época, Rafael Bandeira dos Santos dizer que, mesmo rebaixado, o time gaúcho não disputaria a segunda divisão, foi justamente isso que aconteceu. O clube voltou para a elite em 1992, ano que terminou o mandato do cartola.

Fluminense-96
José Gil Carneiro Mendonça venceu as eleições para o triênio (1996-1998) e tornou-se presidente do Fluminense no final de 1995. O cartola, entretanto, amargou o rebaixamento logo no seu primeiro ano de gestão e, em novembro do mesmo ano, renunciou ao cargo. “Não aceito molecagem, não sou moleque”, disse na despedida, em entrevista ao jornal “O Globo”.

Fluminense-97
Após a renúncia do então presidente, o Conselho Deliberativo organizou novas eleições, que apontaram Álvaro Ferdinando Duarte Barcelos como novo mandatário. O cartola, porém, também foi rebaixado e, assim como seu antecessor, renunciou em 1998.

Palmeiras-02
Um dos presidentes mais emblemáticos da história do Palmeiras, Mustafá Contursi ficou a frente do clube entre 1993 e 2005. Neste meio tempo, amargou o rebaixamento para a Série B em 2003. Agora, mesmo longe dos cargos oficiais, o cartola tem boa relação com o atual presidente, Paulo Nobre.

Botafogo-02
No segundo mandato como presidente do Botafogo, entre 2000 e 2002, Mauro Ney Palmeiro teve uma passagem turbulenta. Ele assistiu sua equipe cair para a segunda divisão no último ano, ficou marcado por atrasos de salários e ainda viu seu ex-secretário-geral, Bebeto de Freitas, assumir o clube em 2003 depois de discordar com a gestão da época.

Grêmio-04
Flávio Obino comandou o Grêmio em 2004 e viveu, após o centenário do clube, o rebaixamento para a Série B. Com grandes dívidas, o presidente não evitou a queda, deixou a presidência no ano da segunda divisão (2005) e agora é membro do Conselho Deliberativo.

Atlético-MG-05
Ricardo Guimarães assumiu o Atlético-MG em 2001, mas disputou a Série B em seu último ano de mandato, em 2006. O dono do banco BMG passou os anos seguintes recebendo parcelas de pagamentos por empréstimos realizados ao clube mineiro

Corinthians-07
Andrés Sánchez assumiu o Corinthians em um momento conturbado. Foi em outubro de 2007, para completar o mandato de Alberto Dualib, que renunciou ao cargo após polêmicas de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. No mesmo ano, Andrés viu o Corinthians ser rebaixado para a Série B. Já em 2008, quando aí sim começou o seu mandato “oficial”, o dirigente viu a equipe sair da Série B e conquistar grandes títulos nos anos seguintes. Atualmente, é superintendente de futebol do time.

Vasco-08
Dentro de campo, Roberto Dinamite foi um grande ídolo vascaíno. Fora dele, ganhou muitos críticos. O maior deles é Eurico Miranda, que foi presidente de 2001 a 2008. Na sequência, o ex-atacante assumiu o clube em junho daquele ano, mas logo de cara viu a equipe ser rebaixada para a Série B.

Palmeiras-12
Eleito para o biênio 2011/2012, Arnaldo Tirone deixou o Palmeiras com o time na Série B, chegou de dívidas e foi ameaçado até de morte por alguns torcedores. Em um episódio inusitado, o dirigente foi flagrado em uma praia no Leblon, no Rio de Janeiro, um dia depois do rebaixamento da equipe.

Vasco-13
A maldição da Série B voltou a atormentar o Vasco em 2013. Novamente com Dinamite na presidência, o clube cruz-maltino foi novamente rebaixado. Já no final de 2014, o cargo que pertencia ao ex-jogador acabou novamente com o Eurico Miranda, rival de Dinamite.

Botafogo-14
Mauricio Assumpção foi do céu ao inferno como presidente do Botafogo. O cartola ficou no cargo por seis anos, e a parte boa teve dois títulos cariocas, a contratação de Seedorf e a volta do Botafogo à Libertadores após 17 anos. Porém, o lado ruim ficou marcado com dívidas, o choro em reunião com a presidente Dilma Rousseff e o rebaixamento para a Série B do Brasileiro.

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