A morte do estudante Alexandre Cézar Ferreira Gomes, o “Alex”, militante do Partido Democrático Trabalhista (PDT) – no dia 12 de fevereiro, em conversas com a namorada, via Whatsapp (ver fac-símile) anunciou que iria morrer – foi decretada pelo ex-secretário Evandro Melo, irmão do ex-governador, José Melo, conforme declarou à Polícia Federal, Moustafa Mouhamad.
Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 20, o delegado Alexandre Teixeira declarou que, segundo Mouhamad, Evandro Melo seria um grande bandido no Amazonas (ouça áudio) e responsável pelo homicídio do militante político, Alexandre Cézar.
“O documento é público. Vocês tem acesso e podem ver”, sugere o delegado.
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Entenda o caso
Alex foi encontrado, morto, no dia 12 de fevereiro, de 2016, com um tiro na nuca, na avenida dos Oitis, bairro Distrito Industrial, Zona Leste de Manaus.
À época, a informação da Delegacia de Homicídios e sequestro, o empresário Ildercler Ponce de Leão, Thiago dos Santos Miranda e o cabo da Polícia Militar, Edmilson Pimentel Rodrigues, seriam os responsáveis pelo homicídio.
Consta, também, que Ildercler era amigo de Evando Melo, irmão do governador José Melo, que dias antes teria sido constrangido com uma chuvarada de notas falsas de R$ 100 lançadas contra ele no pátio da Assembleia Legislativa em protesto à compra de votos nas eleições de 2014.
À época, delegado Ivo Martins afirmou que a vítima teria sido morta por suposto desentendimento gerado no circulo do movimento partidário do qual Alex era integrantel.
Em nota distribuída pelo deputado federal Hissa Abrahão (PDT), entretanto, tanto Ildercler Ponce de Leão, quanto Thiago dos Santos e o policial militar Edmilson Pimentel, não são filiados ao PDT, como Alexandre, que era um de seus mais ardorosos militantes.
Ildercler Ponce de Leão, apontado como mandante do crime, era presidente nacional do Movimento Democrático Estudantil (MDE), responsáveis por várias manifestações em prol do governador José Melo (Pros).
Consta, inclusive, que o mesmo atuou como cabo eleitoral nas eleições de 2014.
Já Alex era ativo na militância do PDT. Ele estava presente em todas as manifestações contra o Governo. Ele era amigo de Hinaldo Castro e foi sequestrado e morto dias depois de participar da manifestação na abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.
