Ex-governador José Melo e ex-primeira dama do Amazonas são conduzidos para o presídio

O ex-governador José Melo e mulher dele, a ex-primeira dama Edilene Oliveira, foram encaminhados na tarde desta quinta-feira (4), ao Instituto Médico Legal (IML) para Corpo de Delito antes de serem levados ao Centro de Detenção de Provisória Masculino e feminino, respectivamente.

José Melo, que calçava um par de sandálias Havaianas, se mostrava angustiado. já Edilene tentou não perder a elegância, mas mesmo escondida através de seus óculos escuros, mostrava-se pensativa.

Por volta das 15h, o casal foi levado em carros separados aos CDP’s, locais onde ficarão à disposição da Justiça.

Melo e Edilene devem permanecer custodiados nos presídios até que o juiz natural da 4ª Vara Federal do Amazonas decida sobre o pedido subsidiário de transferência para presídio federal.

No dia 21 de dezembro, a Polícia Federal em mais uma fase da operação Maus Caminhos prendeu o ex-governador, a mulher dele, além de Wilsom Alecrim, Raul Zaidam e Evandro Melo. Os ex-secretários foram transferidos quarta-feira, 03, para o CDPM.
Para entender
Na manhã do dia 21 de dezembro do ano passaod,  Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas, como o apoio da CGU – Controladoria Geral da União, deflagrou  a terceira fase da Operação Maus Caminhos, denominada Operação Estado de Emergência, como objetivo investigar os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e de organização criminosa, envolvendo o ex-governador do Estado.
A investigação abrange os crimes praticados pelos membros da organização criminosa alvo da primeira fase que corromperam diversos agentes públicos do Estado do Amazonas, por meio do pagamento de propina, utilizando-se de recursos públicos desviados do Fundo Estadual de Saúde, para o fim de obter o direcionamento de contratos, acelerar a liberação de pagamentos e acobertar os ilícitos praticados.
De acordo com a Polícia Federal, os fatos relacionados ao envolvimento do ex-governador  dão conta de que o mesmo recebia pagamentos periódicos dos membros da organização criminosa comandada por Mouhamad Moustafa.

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