O monsenhor Ângelo Angioni, que trabalhou durante quase 60 anos em José Bonifácio, São Paulo, faleceu em 2008 e foi enterrado na Igreja Matriz. Recentemente, seu corpo foi exumado por postuladores de Roma como parte do processo de beatificação e canonização do líder.
Durante a remoção dos restos, os peritos descobriram que o coração de Angioni estava incrivelmente bem conservado. No geral, os órgãos internos de um morto são decompostos em poucos meses, mas o padre já estava enterrado há sete.
Segundo o postulador Paulo Vilotta, que está no brasil desde o dia 29 do mês passado, a preservação não é exatamente excepcional: “Isso é um fator natural, pode acontecer com qualquer um de nós. Mas é um estímulo para rezar, pedir graças e elevar o padre, uma figura venerada na região”.
Por outro lado, para o professor de medicina legal Jorge Paulete Vanrell, o caso de Angioni merece destaque: “É um caso raro porque normalmente o coração se destrói. Dependendo da região climática, de um a três meses ele desaparece, como o resto dos órgãos. Há um descontrole entre a destruição do corpo todo, membros inferiores e superiores, e o coração, isoladamente, está intacto. Os outros órgãos estão destruídos, menos o coração”.