Fachin homologa delação de executivos da antiga Hypermarcas

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), homologou na 6ª feira (25.set.2020) as delações premiadas de 3 executivos que atuaram na antiga companhia Hypermarcas, que atualmente se chama Hypera Pharma. Fazem parte da operação Lava Jato.

Os acordos foram firmados pela PGR (Procuradoria Geral da República), que os encaminhou ao Supremo em 18 de agosto. Pararam na mesa de Fachin, que é relator da Lava Jato na Corte.

Os colaboradores são: o ex-presidente do conselho de administração João Alves de Queiroz Filho, do ex-CEO Cláudio Bergamo e do ex-funcionário Carlos Roberto Scorsi. Na delação de Queiroz Filho, foi aplicada a multa individual mais alta da história da PGR, de R$ 1 bilhão.

Não há mais informações sobre os depoimentos. O caso segue sob sigilo de Justiça e o conteúdo não foi divulgado.

Os acordos feitos com a PGR propõem a substituição de pena em regime fechado por detenção em caráter domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Para isso deve haver a confissão de crimes de corrupção e a entrega de meios de prova para confirmação do que foi revelado.

Em abril de 2018, Queiroz Filho pediu afastamento da presidência do conselho diante das investigações sobre a delação premiada de 1 ex-executivo da companhia.

Em 2019, Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo a anulação do acordo de delação premiada do ex-diretor da Hypermarcas Nelson Mello, por omissão de informações. Entendeu que Mello descumpriu o compromisso de dizer a verdade.

Na delação de Mello, ele disse que pagamentos de propinas a políticos teriam ocorrido sem conhecimento do ex-dono da empresa João Alves de Queiroz Filho.

Poder360

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