Famosos, fãs e família se despedem de Aracy Balabanian no Rio de Janeiro

Carlos Elias Júnior/FotoArena/Estadão

O velório da atriz Aracy Balabanian, que morreu aos 83 anos no Rio de Janeiro, reuniu artistas, familiares e fãs nesta terça-feira (8) na do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia aberta ao foi aberta ao público das 10h às 13h.

Após o velório, o corpo de Aracy seguiu para cerimônia restrita a amigos e parentes, no Cemitério do Caju, na zona norte da cidade.

Entre os artistas que compareceram estavam Marieta Severo, Tony Ramos, Claudia Raia, Mariana Ximenes e o autor Silvio de Abreu, que escreveu “Rainha da Sucata”, de 1990, em que Aracy interpretou uma de suas personagens mais icônicas: Dona Armênia.

Também esteve no velório o ator Jandir Ferrari, que interpretou Gino, um dos filhos da personagem, conhecidos como os “filhinhas da mamãe”, que era como ela os chamava na trama. Muito emocionado, ele beijou a testa de Aracy na cerimônia.

Sobre o caixão, foi colocada uma bandeira da Armênia, país dos pais da atriz.
Filha de imigrantes e paixão pelo teatro

Aracy nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 22 de fevereiro de 1940.

Filha de imigrantes armênios, ela se apaixonou pelo teatro e decidiu ser atriz ao ser levada pelas irmãs mais velhas, quando já morava em São Paulo, para assistir uma peça do dramaturgo Carlo Godoni.

“Eu chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades”, disse Aracy em depoimento ao Memória Globo.

Ela relembrava que seu pai era contra a escolha de ser atriz: “Comecei em uma época em que não era bonito fazer televisão, nem teatro.”

Aos 14 anos, estudando no Colégio Bandeirantes, na capital paulista, ela assistiu uma palestra do dramaturgo Augusto Boal, que a convidou a fazer um teste para o Teatro Paulista do Estudante. Ela passou e seu primeiro trabalho foi a peça “Almanjarra”.

Ao Memória Globo, ela lembra de ler uma crítica de Décio de Almeida Prado e Sábado Magaldi: “Eles escreveram uma crítica que terminava dizendo: ‘Aracy Balabanian: guardem esse nome’ Eu fique possuída.”

Ao terminar o colégio, ela entrou para a Universidade de São Paulo (USP) onde estudou simultaneamente na Escola de Arte Dramática (EAD) e no curso de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que não chegou a concluir. (CNN Brasil)

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