Na noite da última terça-feira, 11, o traficante conhecido por Diego Maradona Bandeira de Souza, o “Diego Olhão”, supostamente pertencente a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi executado com 15 tiros em Manacapuru (AM), por Marco Antônio da Silva Ataíde, 24 anos, membro da facção Família do Norte (FDN). “Diego Olhão” estava dentro de um carro.
Na tarde de quarta-feira, 12, uma dupla de traficantes de Manaus, também, pertencentes à Família do Norte, foi ao velório de “Diego Olhão” na tentativa de matar um outro suposto traficante, conhecido pelo nome Jhonatas Bandeira, o “Joaninha”.
Joaninha ao perceber que seria executado por seus rivais, fugiu em uma moto pilotada por Anderson Inauna Pedrosa Feitosa, 24 anos.
Dispostos a não perder a presa, a turma da FDN saiu em perseguição a Joaninha, mas não conseguiu pegá-lo. Os tiros disparados contra ele acertaram em cheio no motoqueiro Inauna, que morreu incontinente.
Um dos membros da FDN conseguiu evadir-se. O segundo foi alvejado por Joaninha. Socorrido por policiais locais, o traficante foi internado no hospital Lázaro Reis, onde se encontra.
No tiroteio protagonizado pelos membros das facções rivais, Jenifer Cristina Santos Bandeira, uma criança de dois anos foi ferida no abdômen, e Fabrício Bandeira, 23 anos baleado no peito. Ambos foram internados no hospital do município. Fabrício Bandeira foi transmitido por Manaus.
Tudo em menos de 24 horas pela disputa de território rivalizado pelas facções que comandam o tráfico em Manacapuru, cidade considerada como um dos principais corredores da droga no estado do Amazonas.
Consta que o principal motivo das mortes registradas nas últimas horas foi motivado por um áudio enviado pelo PCC Manacapuru à FDN em Manaus.
A execução de Dieguinho não resta dúvida de que, pelo elevado índice de criminalidade registrado na cidade, gerado, sobretudo, pelo narcotráfico, a cidade ” Princesinha do Solimões” ganha contornos de cidades com os maiores índices de violência do país.
Nos últimos anos, conforme dados estatísticos gerados pela polícia, Manacapuru aparece, ao lado de Manaus, como detentora de crimes com características dos produzidos em São Paulo e Rio de Janeiro.
