O Feirão do Pescado da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) já tem programação fechada para a Semana Santa e vai funcionar, a partir do dia 11, em quatro pontos estratégicos da cidade. A ação do Governo do Amazonas, que já é tradicional neste período, vai impulsionar a venda de pescado e melhorar a renda de mais de 60 piscicultores. Para este ano, a meta é comercializar mais de 700 toneladas de pescado.
A Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa) – instituição integrante do Sistema Sepror – recebeu, na última semana, 30 piscicultores para definir em conjunto a quantidade de pescado e os locais onde vão funcionar as tendas do Feirão, que já se tornou tradicional pela venda de peixe mais barato para o consumidor.
O Feirão do Pescado, de acordo com o secretário de Pesca, Tomás Sanches, inicia no dia 11 (terça-feira) e segue até o dia 14 (sexta-feira), em quatro pontos: na Alameda do Samba, no Alvorada; no Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignolia, no Cidade Nova; no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, no Aleixo e no Feirão da Sepror, no Tarumã.
A participação dos piscicultores na organização do Feirão foi primordial, segundo Tomás. “São os piscicultores que nos passam as espécies de pescado e a quantidade que cada um pode comercializar nessa semana em que o consumo de peixe cresce”, destacou.
Espécies – No Feirão do Pescado o consumidor vai encontrar espécies como tambaqui, matrinxã, pirarucu e quelônios. O engenheiro de Pesca da Sepa, Daniel Borges, chama a atenção para a comercialização do pirarucu e dos quelônios. Ambos só são comercializados com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
No Feirão do Pescado os preços variam entre R$ 5 e R$ 25. O quilo do tambaqui, por exemplo, será comercializado entre R$ 5 e R$ 15.
Já no primeiro dia, terça-feira, o Feirão do Pescado passa a funcionar a partir das 18h e segue até às 21h. “Esse é o horário em que a maioria das pessoas saem do trabalho. É um horário de pico e para evitar o congestionamento é só aproveitar pra passar no Feirão do Pescado e garantir o peixe da semana’’, comentou Tomás.
Nos próximos três dias, de 12 a 14, o Feirão do Pescado passa a funcionar das 7h às 21h. Nos quatros pontos do Feirão do Pescado, o produto será comercializado em diferentes cortes: para assado ou caldeirada. Serão vendidos peixes sem espinha e o consumidor ainda vai contar com a comercialização de verduras oriundos do Feirão da Sepror. A logística do Feirão do Pescado conta com o apoio da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), que vai organizar as tendas, e da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), que cuidará da fiscalização sanitária dos alimentos.
Renda – Para Ana Margarety, 58, da Associação dos Moradores do Santana (Amos), do município de Manacapuru, que participa do Feirão do Pescado desde 2007 – quando a Feira acontecia no estacionamento do antigo Vivaldo Lima -, a estimativa é comercializar 30 toneladas de tambaqui curumim.
Para ela o Feirão do Pescado é uma oportunidade para aumentar a renda. “É como se fosse um décimo terceiro para o piscicultor. Principalmente porque a feira facilita que essa comercialização seja direta do criador ao consumidor”, destacou Ana Margarety que também comercializa produtos na ADS.
Adivaldo Menezes, outro criador que comercializa os seus produtos no Feirão da Sepror, fala da sua expectativa para a Semana Santa. Ele irá comercializar matrinxã acima de 1 quilo, pirarucu de 15 a 20 quilos, e, ainda, 1 tonelada de tambaqui. “Nesse período em que o consumo do peixe é maior eu consigo comercializar bem e ter um lucro para investir mais”.