Feriados geram perda de receita para o comércio do Rio de quase R$ 7 bilhões

Pesquisa divulgada hoje (16) pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio) indica que os 15 feriados deste ano provocarão uma perda de faturamento para o comércio da capital fluminense de R$ 6,813 bilhões. Por dia parado, a perda média foi estimada em R$ 381 milhões. Os números se baseiam em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram corrigidos para 2016.

O presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, disse que são dez feriados nacionais, três feriados estaduais e dois municipais, sendo que 11 feriados caem em dias úteis e alguns, que  ocorrem em terça-feira ou quinta-feira, têm a possibilidade de “enforcamento”.

O comércio mais prejudicado com essa prática é o do centro da cidade, que fica deserto. Já as áreas com maior fluxo de turistas sofrem também, mas em menor escala, apontou. “Como o Sindicato dos Lojistas tem um acordo, uma convenção coletiva com o Sindicato dos Empregados do Comércio, as lojas podem abrir mas, dependendo da localização e do ramo do negócio, não compensa abrir”, explicou. Para as lojas que abrem, isso tem um custo, porque significa pagar horas extras trabalhadas, pagar lanche para os funcionários, entre outros gastos.

Gonçalves diz que a maior parte das compras feitas no comércio é por impulso. “Quem não comprou hoje, não significa que vai comprar amanhã. A perda do faturamento de um dia não tem retorno no dia seguinte. A não ser em caso de compra de remédio”.

O presidente do CDL Rio defendeu que, a exemplo do que ocorre em países estrangeiros, como os Estados Unidos, feriados deviam ser considerados pontos facultativos, sem implicar no fechamento do comércio. “Isso seria mais lógico”. Ele disse que nos pontos facultativos, só repartições e colégios não funcionam. “Mas a economia funciona”.

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