Filha de Magrinha Ellen morre e influenciadora denúncia falta de estrutura no Hemoam, em Manaus

A filha da influenciadora digital Magrinha Ellen, Luna Lima Lemos, de 6 anos, diagnosticada com leucemia, morreu após complicações da doença, na tarde de segunda-feira (12). A morte da menina repercutiu nas redes sociais após a mãe denunciar a falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de materiais básicos na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).

Luna foi diagnostica com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) em agosto. Ela havia iniciado o tratamento de quimioterapia para tratamento. A doença é quando ocorre um acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Na manhã de segunda, em suas redes sociais, Magrinha Ellen chorou e afirmou que a filha teve uma piora do quadro de saúde e, segundo a influenciadora, precisava de transferência urgente para uma UTI. No entanto, não havia a disponibilidade no hospital.

A influenciadora ainda revelou que os familiares dos pacientes tinham que levar itens básicos para a unidade de saúde, pois o Hemoam não tinha a disponibilidade dos materiais.

“A gente que tem que levar material para o Hemoam porque lá falta tudo. Os pais tem que levar lenço umedecido, máscara, copo descartável, oxímetro, termômetro, aparelho de pressão”, relatou a influenciadora.

Horas depois do desabafo, a filha da influenciadora foi transferida para uma UTI, mas morreu em decorrência de complicações da doença. O enterro aconteceu na tarde desta terça (13).

g1 questionou a assessoria da Magrinha Ellen se a influenciadora irá denunciar formalmente a falta de material e UTI na unidade de saúde.

Em nota, a equipe da influenciadora afirmou que diante do período difícil, Magrinha Ellen não irá fazer nada no momento e que vai descansar e ficar de luto pela filha.

Saúde do Amazonas se pronuncia

A Secretaria do Estado de Saúde (SES-AM) informou que a paciente estava internada na rede estadual desde o dia 21 de agosto, e que recebeu a assistência e tratamento necessário.

A secretaria ainda afirmou que a solicitação foi feita às 11h39 e a autorização foi dada às 12h14 – 34 minutos depois.

“Em nenhum momento a direção referiu falta de qualquer material ou medicamento para esta criança. Foi solicitado uma UTI para essa criança, por volta das 11h30. 30 minutos depois foi autorizada essa transferência e ela foi transferida. Ela também foi encaminhada para sala estabilizadora, onde foi entubada e infelizmente, não suportou o quadro”, disse o secretário à Rede Amazônica.

A SES-AM ainda apontou que não procedem as informações de que foi solicitado à família que levassem materiais como copos descartáveis e outros equipamentos e reforça que é solicitado pelo Serviço Social apenas o envio de material de higiene pessoal como toalha, sabonete, escova de dentes e creme dental.

O Hemoam também se posicionou por meio de nota e esclareceu que em casos de pacientes que não tenham condições financeiras, esses materiais são oferecidos gratuitamente por grupos de apoio.

A SES esclareceu, ainda, que não há falta de leitos pediátricos no estado e atualmente conta com uma taxa de ocupação de 54,1% dos leitos de UTI infantil disponíveis na rede estadual.

Obras Hemoam

A Secretaria de Estado de Saúde informou que, atualmente, a obra do novo Hospital do Sangue segue em fase de finalização e aguarda a entrega de uma cabine de energia elétrica especial, que está sendo fabricada fora do estado e deve ficar pronta até o mês de novembro.

A obra do hospital foi iniciada em 2014, porém, em 2019, quando a atual gestão assumiu o Governo do Estado, a obra estava paralisada há quase dois anos e 30% dos trabalhos realizados. Ainda em janeiro de 2019 o Governo do Amazonas retomou os trabalhos, chegando a 98% dos trabalhos concluídos em três anos.

Artigo anteriorChefe militar dos EUA aponta China como ameaça ambiental à América Latina
Próximo artigoEm conversa sobre namoro, menina de 12 anos revela à mãe ter sofrido estupro, em Manaus