O governador do Maranhão, Flávio Dino, reeleito no primeiro turno com quase 60% dos votos, respondeu, na tarde desta sexta-feira (2), à acusação de que, assim como o juiz Sérgio Moro, também pulou da magistratura para a política. Dino, que passou em primeiro lugar no mesmo concurso que Moro fez, disse: “não usei a toga para tirar adversários políticos do caminho”.
“Algumas diferenças: 1) deixei de ser juiz federal para disputar eleição de deputado federal. Não usei a toga para tirar adversários políticos do caminho. 2) sou governador do Maranhão não por recompensa a favores, e sim pelo voto popular, em 2 eleições disputadas contra Sarney”.
Flávio Dino foi um dos primeiros a se manifestar, assim que Moro aceitou o convite para ser ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Nesta quinta-feira (1), Dino tuitou:
“Sérgio Moro aceitar o ministério de Bolsonaro é um ato de coerência. Eles estavam militando no mesmo projeto político: o da extrema-direita. O grave problema é esconder interesses eleitorais por baixo da toga. Não há caso similar no Direito no mundo inteiro”.
Em outro tuíte, Dino disse ainda: “A comprovação de interesses eleitorais na Lava-Jato, além de comprometê-la quanto ao já feito, infelizmente vai gerar suspeitas com relação a casos similares no futuro. Não é apenas Sérgio Moro que perde credibilidade”.
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