Fred nega uso de substância ilícita após ser pego no doping

Flagrado no exame antidoping durante a Copa América, no Chile, o meia-atacante Fred, do Shakhtar Donetsk, negou que tenha utilizado qualquer substância ilícita. O jogador ainda aguarda o resultado da contraprova, que detectou o diurético hidroclorotiazida (usado normalmente no tratamento de hipertensão, insuficiência cardíaca, cirrose hepática e problema renal).

Em nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, Fred mostrou confiança em provar sua inocência. O atleta estava a serviço da seleção brasileira quando foi pego no exame antidoping.
– Nunca fiz uso de qualquer substância ilícita. Confio na minha inocência e vou provar isso perante os órgãos competentes. Tenho uma trajetória limpa no futebol e conto com o apoio de todos – afirmou Fred, em nota divulgada pela sua assessoria de imprensa nesta sexta-feira.
A CBF se pronunciou oficialmente sobre o caso um pouco antes de Fred divulgar uma nota oficial. A entidade informou que antes da competição passou uma lista com os medicamentos utilizados pela seleção, e que nela não estava a hidroclorotiazida, porque “não fazia parte da lista enviada, tampouco da relação de medicamentos padronizados pela CBF”.
“Em relação ao resultado do exame para controle de doping do atleta Frederico Rodrigues Santos, Fred, o departamento médico da Seleção Brasileira de Futebol, esclarece que:
1. Cerca de dois meses antes do início da Copa América do Chile 2015, a organização do evento exigiu uma lista completa de todos os medicamentos, assim como a quantidade que seria levada pela Seleção Brasileira para a competição. O pedido foi, prontamente, atendido e a lista encaminhada, no dia 02 de abril de 2015;
2. Segundo informe da Conmebol, o exame para controle de doping realizado no atleta em questão identificou a presença da substância hidroclorotiazida, que não faz parte da lista enviada, tampouco da relação de medicamentos padronizados pela CBF. Portanto, não tínhamos esse medicamento a nossa disposição e o mesmo não foi ministrado pelo corpo médico da Seleção Brasileira de Futebol;
3. O departamento médico coloca à disposição dos órgãos competentes o prontuário do atleta e todos os demais documentos, caso necessário;
4. Para finalizar, ressaltamos que estamos solidários ao atleta e que, a partir de então, seus assessores e advogados, caso entendam, poderão passar mais esclarecimentos”, diz o comunicado.
Punição pode chegar a quatro anos
O site da “Fox Sports” havia antecipado qual substância foi encontrada na urina de Fred. Tal substância está entre as “não especificadas” no código mundial antidoping, que ocasionam punições mais rigorosas. Se a contraprova for positiva — como ocorre na maioria dos casos —, o jogador deverá ser suspenso por quatro anos.
A pouco mais de dois meses do confronto com o Chile, na estreia nas Eliminatórias para a Copa de 2018, a CBF aguarda com cautela a prova B, feita num laboratório na Colômbia. O médico Rodrigo Lasmar está no país para acompanhar os resultados.
Se Fred for suspenso, causará dois prejuízos ao futebol brasileiro: à seleção, que já não terá Neymar nos dois primeiros jogos das Eliminatórias – contra Chile e Venezuela -, e à equipe olímpica, já que, aos 22 anos, o jovem meia disputou alguns amistosos ainda sob o comando de Alexandre Gallo.
O diurético hidroclorotiazida é usado normalmente no tratamento de hipertensão, insuficiência cardíaca, cirrose hepática e problema renal. É proibido em competições esportivas por eliminar o vestígio de drogas e anfetaminas que tenham sido consumidas.
A seleção não corre risco de punição caso a contraprova confirme o doping de Fred, convocado para a Copa América em substituição a Luiz Gustavo, do Wolfsburg, que se machucou.

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