Futuro reitor da Ufam receberá legado de ruínas da atual administração

Esta semana haverá eleição na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para o cargo de reitor. E como de hábito e na reta final, as militâncias trabalham para com as melhores opções para a solução dos diversos problemas que afligem à instituição, como a moradia estudantil, que na gestão da atual reitora, Márcia Pelares, lega à posteridade um cemitério de obras inacabadas.

Paradoxalmente, as obras inacabadas ou paralisadas não aconteceram por falta de dinheiro, como afirma o prefeito do campus, professor Atlas Bacellar, em matéria publicada no site da Ufam no dia 24 de Setembro 2015.

Diz ele que a atual administração decidiu priorizar a moradia estudantil tanto na capital quanto nas unidades localizadas fora da sede e 86% das obras estão concluídas, como a Casa do Estudante de Itacoatiara prestes a ser entregue.

Bacellar acrescenta que em todas as discussões sobre orçamento no MEC nenhuma obra em andamento seria suspensa.

Aliás a própria reitora Márcia Pelares Mendes Silva garante e referenda isso e explica que das moradias estudantis atualmente em construção, a única mais problemática é a de Manaus, no Centro da cidade, com a obra parada porque a UFAM rescindiu o contrato com a empresa contratada e as obras não podem continuar enquanto não houver nova licitação para contratar outra empresa que realize essas obras.

Quanto às demais obras, afirma a reitora Márcia Pelares na mesma matéria publicada no site da Ufam, prosseguem em Itacoatiara, Parintins e Benjamin Constant. Enquanto isso, prossegue a reitora tanto aqui em Manaus quanto nos demais cinco campi da UFAM cerca de 720 estudantes recebem auxílio moradia e conclui: “para tanto foram cancelados alguns cursos para que o benefício fosse pago”.

Seja como for e apesar das explicações da reitora Márcia Pelares, o fato é que as explicações dadas por ela não correspondem a verdade e basta alguém se dispor a visitar os canteiros de todas as obras e verificar que todas estão paradas, à exemplo, da de Humaitá e, obviamente, a de Manaus, cujos prédios estão totalmente abandonados, lotados de lixo, depredados, pichados, desguarnecidos, abertos e frequentados por marginais que os utilizam para consumo de drogas, abrigo ocasional e para fazerem surubas sexuais.

Esse legado de ruínas é um retrato do descaso de administradores incapazes, os quais confundem militância politiqueira e oportunidades de ganhos fáceis com responsabilidade e gerência do dinheiro público, o que se traduz em duas palavras: Desonestidade e incompetência funcionais.

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