Governo Bolsonaro pede socorro aos médicos cubanos depois de demiti-los do Mais Médicos

247 – O secretário-executivo do ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o governo vai recontratar médicos cubanos para atuarem na cobertura do coronavírus. Ele se refere aos profissionais que participaram do programa Mais Médicos e não retornaram a Cuba após o fim do contrato do governo.

“Vamos chamar todos os médicos cubanos que estavam trabalhando no programa (Mais Médicos). Vamos chamar estudantes de medicina”, disse ele à GloboNews.

O Brasil registra pelo menos 200 casos de coronavírus confirmados pela pasta, com 1.913 casos suspeitos e 1.486 casos descartados. Em nível mundial, são pelo menos 153.517 infecções em 144 países.

O ministério lançou um edital com 5.811 vagas para atuarem nos postos de saúde. De acordo com o ministério, os profissionais serão distribuídos em 1.864 municípios de todo o país, além de 19 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Em novembro de 2018, o ministério da Saúde cubano anunciou que deixaria o Mais Médicos em protesto contra Jair Bolsonaro.

“O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao acordo desta com Cuba, ao questionar a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa à revalidação do título e como única forma de se contratar individualmente”, dizia o texto do Ministério da Saúde cubano.

Depois de eleito, Bolsonaro afirmou que sempre foi contra o programa Mais Médicos. “Primeiro por uma questão humanitária, 70% [do dinheiro] ficam com o governo deles, e não temos a menor comprovação de que eles realmente sabem o que estão fazendo. É trabalho escravo e eu não vou convidar pra ficar”, continuou. “É trabalho escravo e eu não vou convidar para ficar”, afirmou Bolsonaro depois, em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Naquele ano, Bolsonaro recuou e disse que manteria o programa.

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