Graça Figueiredo inspeciona Fórum do Careiro da Várzea

Presidente do TJAM decide construir novo piso para blindar o fórum contra o avanço das águas durante a cheia
Erguer um segundo piso para proteger o fórum da fúria das águas durante o período das cheias do Solimões. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (9) pela presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo depois de uma reunião de duas horas com a juíza Fabíola de Souza Bastos, da comarca do Careiro da Várzea.

Localizado na região do Baixo Solimões (a 25 quilômetros de Manaus), o município fica em Situação de Emergência todos os anos, por ocasião da subida da água e o fórum é um dos primeiros que vai para o fundo, pois está instalado no antigo prédio da Prefeitura, na rua 1º de Janeiro, a poucos metros do porto da cidade, que fica totalmente submerso na enchente.

— Surgiu a ideia de levantar o piso, mas aí teríamos que quebrar a laje atual, o que comprometeria o prédio por inteiro. Bem mais barato e mais rápido é construir um segundo piso, onde o trabalho de prestação jurisdicional não será interrompido durante as cheias, como vem acontecendo atualmente – explicou Graça Figueiredo.

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A desembargadora saiu de Manaus às 7h40, de voadeira, para Careiro da Várzea, em companhia do Chefe da Casa Militar, Ten. Cel. Sérgio, de sua assessoria de imprensa e do engenheiro Alisson Montanha, do departamento de engenharia do TJAM. A presidente chegou ao município e fez um percurso a pé até ao fórum, onde foi recebida pela juíza Fabíola Bastos. Graça percorreu uma a uma todas as dependências do fórum e depois se reuniu na sala de audiência com a juíza e o engenheiro do TJAM.

A decisão de construir um segundo piso foi consenso. Para isso, o TJAM – que antes estava determinado a elevar o piso -, terá que reformular a licitação pública.

Este ano, a enchente causou grandes prejuízos ao Careiro, obrigando o governo do Estado a construir abrigo humanitário móvel para atender as famílias desabrigadas. A cidade ficou em Situação de Emergência desde o dia 27 de maio, quando teve o pedido homologado pelo Estado. Pelo menos 14.142 pessoas foram afetadas pela subida das águas.

O Careiro da Várzea, que tem uma população de 23.963 habitantes, chegou a ficar com 80% de áreas alagadas. O fórum – que até hoje não tem nome – ficou submerso e teve que suspender o atendimento ao público e as audiências.

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