O secretário de Segurança Pública, coronel PM, Paulo Roberto Vital, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel PM Almir David, descartaram qualquer indício de paralisação nas unidades de policiais do estado. Segundo Vital, que falou com a imprensa por volta das 21 horas deste domingo, 27, existe muita informação inverídica repassada pelas redes sociais e que os responsáveis pela boataria serão processados judicialmente.
As declarações de Vital, entretanto, parecem não estar em perfeita sintonia com as informações do governador José Melo que, na iminência de ver explodir o movimento dos policiais militares, empreendeu verdadeira corrida às unidades da Polícia Militar na tentativa de evitar de última hora o que se delineava havia anos.
Na sede do 18º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde José Melo montou o seu Posto de Comando (PC), o clima era de nervosismo.
E não era para menos. Afinal, já no início da tarde, as notícias sobre a paralisação se proliferavam. Davam conta da retirada dos veículos das ruas e de que vários batalhões de policia, incluindo ao menos três do interior do estado, já haviam cruzado os braços.
Se para o secretário Paulo Roberto Vital isso não é greve é porque tem medo de assumir a sua própria incompetência. Não adianta, agora, fechar a cara e mostrar que é macho, que os veículos estão nas ruas na ronda ostensiva e que as informações sobre o movimento são mentirosas, etc., etc., e tal.
A greve foi deflagrada, sim.
E a prova maior está nas palavras do próprio secretário, que disse: “as faltas observadas na tarde de hoje são naturais”.
Naturais coisa nenhuma. O policial abandonou o seu posto de trabalho na tarde de hoje porque está insatisfeito, ao contrário de Vital, que não tem motivo para está infeliz porque ganha bem, tem mordomia, e outras cositas más. A verdade é que Vital está se pelando de medo de perder a boquinha caso o movimento ganhe corpo. Ele e o comandante da corporação, Almir David.
Na entrevista coletiva, Vital pediu o apoio dos veículos de comunicação para que não divulguem boatos ou informações falsas sobre a greve e ressaltou que, na hipótese de paralisação, o governo dispõe de um plano “B” que pode ser executado a qualquer momento. E garantiu: “a cidade em momento algum ficará desassistida”.