O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, criticou neste sábado (20) a demora do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em tomar medidas necessárias para identificar e punir responsáveis por disseminar fake news contra a campanha dele
Em entrevista coletiva concedida na cidade de Juazeiro do Norte (CE), Haddad foi perguntado sobre o caso denunciado pelo jornal Folha de S.Paulo, de que empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) teriam contratado firmas especializadas para espalhar notícias falsas por grupos de WhatsApp.
“Todo mundo sabe o que foi feito. Nós pedimos ao TSE busca e apreensão para produzir as provas necessárias. Se o Ministério Público pedisse uma única prisão preventiva de um desses empresários, todos os outros iriam acabar sendo descobertos. É muito simples resolver”, afirmou.
Ele também ressaltou que a reta final das eleições exige uma apuração rápida dos fatos.
“Eu li no jornal hoje que não querem criar marola. Mais marola do que foi criada neste país? Chegou agora a dez dias da eleição e não quer criar marola sabendo que foi usado dinheiro de caixa 2 para orientar o voto?”, questionou.
O ministro Jorge Mussi, do TSE, autorizou na sexta-feira (19) a abertura de uma investigação sobre mensagens supostamente bancadas por empresários contra petistas, mas barrou pedidos para conceder liminares para fazer busca e apreensão e quebrar sigilos bancário, telefônico e telemático de empresários.
O candidato do PT também afirmou que vai se reunir com observadores estrangeiros da OEA (Organização dos Estados Americanos) que acompanham o processo eleitoral no Brasil.