ROMA, 25 ABR (ANSA) – O Hamas apresentou nesta quinta-feira (25) uma proposta para parar de atacar as forças israelenses em troca de um cessar-fogo de um ano. A oferta consta no último documento entregue pelo Egito a Israel, segundo a agência Tass.
A informação é divulgada no momento em que o gabinete de guerra do premiê Benjamin Netanyahu deve se reunir no quartel-general militar de Kirya, em Tel Aviv, antes de um encontro do gabinete de segurança.
A reunião se concentrará na próxima operação das Forças de Defesas Israelenses (FDI) em Rafah, cidade mais ao sul da Faixa de Gaza, onde permanecem membros do Hamas e Israel acredita que muitos dos reféns restantes da organização estão detidos.
Mais cedo, um membro de alto escalão do Hamas revelou que o grupo fundamentalista islâmico estaria disposto a aceitar uma trégua de cinco anos ou mais e a se desarmar caso Israel concorde com a criação de um Estado Palestino completamente independente.
Em entrevista à agência AP, Khalil Al-Hayya destacou que o território estabelecido para os árabes deveria ter como base as fronteiras anteriores a 1967, ou seja, antes da chamada “Guerra dos Seis Dias”.
No entanto, em declarações ao jornal árabe Araby al-Jadeed, com sede em Londres, o membro do Hamas esclareceu que esta seria apenas uma posição temporária e que os palestinos mantêm “direitos históricos sobre todas as terras palestinas”.
Por fim, Al-Hayya especificou que, em um cenário no qual Israel aceitasse a criação da Palestina e devolvesse refugiados palestinos de acordo com resoluções internacionais, a ala militar do Hamas se dissolveria.
A exigência palestina pelo “direito de retorno” exige que até seis milhões de descendentes de refugiados entrem no território israelense, uma exigência inaceitável para Israel, pois significaria a destruição do Estado de maioria judaica.
Irã – Por outro lado, o Irã voltou a alertar Israel para não expandir a guerra, mas que “responderá a qualquer agressão de uma forma mais avassaladora do que antes”.
O alerta foi feito pelo comandante-chefe do Exército iraniano, Abdolrahim Mousavi, em referência ao ataque de Teerã a Tel Aviv, entre 13 e 14 de abril, em retaliação ao atentado atribuído a Israel contra o consulado iraniano em Damasco. (ANSA).
Com informações de Isoté.