Hissa pode cair numa arapuca e sair com dois punhais cravados nas costas

O vice-prefeito Hissa Abrahão, pré-candidato ao governo do Amazonas, ainda não sabe, mas estão armando uma grande pernada para ele. Trata-se da seguinte jogada, conforme andam sussurrando, digamos assim, pelas tocas, lá pelas brenhas e escaninhos da política.

O prefeito Artur Neto pretende fazê-lo acreditar que vai coligar com o PPS, mas, por debaixo dos panos, colocará toda a máquina da prefeitura na campanha do governador José Melo. Engenhoso, não é?

Ocorre que Artur já deu provas mais que suficiente de que não se sente confortável com a intenção de Hissa se lançar candidato ao governo.
Só que o vice Hissa Abrahão ainda guarda viva na lembrança que, ninguém mais que ele, foi a surpresa da eleição de 2010, quando ficou em terceiro lugar no pleito, obtendo mais de 120 mil votos.

O resultado de 2010 elevou Hissa ao patamar de líder político, embora a conjuntura daquele época tenha lhe favorecido, uma vez que ele entrara na disputa para brigar contra dois postes: Omar Aziz e Alfredo Nascimento.

Se saiu bem e sua ambição e cresceu. Afinal, em 2008, fora eleito para a Câmara Municipal de Manaus como o vereador menos votado.

A partir daí passou a pensar grande.

Colocou seu nome para disputar a prefeitura, em 2012, e acabou conquistando a vaga de vice de Artur.

O prefeito quis torná-lo maior e o nomeou secretário de Obras, uma pasta de grande orçamento e visibilidade.

Insistiu em ser candidato ao governo, mesmo contrariando Artur, que o demitiu via programa de rádio, sem dó e sem compaixão.

No entanto, de qualquer forma, Hissa tem potencial eleitoral e conta com apoio da direção nacional do PPS para disputar o governo do Estado.

Embora negue, o vice-prefeito pode ser o ele umbilical com o senador Eduardo Braga e qualquer possibilidade dessa relação se transformar em apoio coloca os parcos cabelos de Melo em pé.

Como anular essa possibilidade?

Artur e o governador acham que é melhor dar corda para Hissa se candidatar e, assim, fugir dos braços de Braga.

Apoio mesmo, que é bom, ficará apenas na promessa.

Quando o vice-prefeito se tocar que está sendo usado já estará no chão, com dois punhais cravado nas costas.

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