Na tarde de terça-feira (14/04), por volta das 16h, a equipe de investigação da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu mandado de prisão preventiva em nome de Fabrício Borges Ferreira, de 22 anos. O jovem é investigado por ter torturado, mantido em cárcere privado e mantido relações sexuais com a ex-companheira dele, uma adolescente de 13 anos. Os crimes ocorreram no início deste mês de abril, na casa do infrator, em um residencial do bairro Lago Azul, na zona norte de Manaus.
A prisão, sob o comando da delegada-geral Emília Ferraz e coordenação da delegada Joyce Coelho, titular da Especializada, ocorreu nas proximidades do lava-jato onde o infrator trabalhava, nas proximidades da residência dele. Segundo os Homemdesdobramentos das investigações, o caso teve início no dia 1º de abril deste ano, quando a irmã de Fabrício havia marcado um encontro para conversar com a vítima, que estava separada do jovem há cerca de um mês. No entanto, ao chegar ao local combinado, a vítima se deparou com o ex-companheiro.
“Assim que avistou a adolescente, o infrator tratou de levá-la para a residência dele. Vale ressaltar que, ainda em via púbica, a vítima foi agredida pelo infrator com socos, chutes, além de golpes de cabo de vassoura e de perna-manca. Já dentro da casa, onde a adolescente ficou presa por cinco dias, Fabrício visualizou as mensagens do celular da vítima, e voltou a agredi-la, inclusive desferindo facadas nos braços e pernas, que ocasionaram pequenas perfurações”, explicou a delegada Joyce.
Segundo a titular da Depca, a adolescente só conseguiu fugir do local após a mãe do infrator chegar de viagem, o que ocorreu no dia 5 de abril. Na ocasião, ao constatar que a vítima estava muito machucada e sendo mantida em cárcere privado, a mãe de Fabrício deu dinheiro à adolescente e pediu que ela fugisse daquela residência.
Ainda segundo Joyce, a denúncia foi formalizada já no dia seguinte, na sede da Depca. “Depois de realizarmos todos os procedimentos de diligências em torno do caso, e constatarmos a materialidade que indica que os crimes, de fato, foram cometidos, nós ingressamos com o pedido de prisão em nome de Fabrício, que foi expedida no dia 8 de abril de 2020, pelo juiz George Hamilton Lins Barroso, do Plantão Criminal”, afirmou a delegada Joyce.