Nesta sexta-feira, a Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) se reuniu em Viena, na Áustria, e decidiu unanimemente que o atletismo da Rússia continuará suspenso de competições internacionais. Assim, a modalidade pode não ter representantes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.
Segundo a Iaaf, a Rússia não cumpriu uma série de critérios para que o atletismo do país fosse readmitido em competições internacionais. A punição aconteceu em novembro, após a descoberta do escândalo de doping pela Agência Mundial Anti-Doping (Wada), que envolvia atletas, a federação russa e a própria federação internacional.
A informação da permanência da punição foi ratificada pelo secretário-geral da federação russa, Mikhaïl Boutov. “Posso confirmar que a suspensão está mantida”. Aliás, a manutenção da pena não pareceu surpresa para o ministro dos Esportes da Rússia, Vitali Mitko, que declarou: “Era uma decisão esperada, mas vamos reagir”.
Na próxima terça-feira, será realizado em Lausanne, na Suíça, uma reunião para avaliar se atletas russos que não foram pegos no exame anti-doping poderão disputar os Jogos Olímpicos. O encontro contará com membros do Comitê Olímpico Internacional, de federações esportivas internacionais e de entidades anti-doping, que avaliarão se os esportistas considerados “limpos” terão a chance de ir ao Rio 2016.
É provável que atletas que não testaram positivo para substâncias ilícitas apelem da decisão para a Corte Arbitral do Esporte (CAS), a fim de poder disputar competições internacionais e atuar nos Jogos sob a bandeira olímpica, como Yelena Isinibayeva.
Rival de Fabiana Murer no salto com vara, Isinibayeva acumula dois ouros olímpicos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e um bronze (Londres 2012), e seria uma grande perda para o atletismo no Rio de Janeiro em agosto.