A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,92%, em abril, com desaceleração de preços de 0,29 ponto percentual em relação à taxa de março, que foi 1,21%. Em abril de 2014, a variação foi 0,45%. O IGP-DI, que registra a inflação de preços de matérias-primas agrícolas, industriais, bens e serviços finais, abrange toda a população, sem restrição de nível de renda. O índice serve de base para reajuste de tarifas públicas, para alguns contratos de aluguel, planos e seguros de saúde.
Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), e indicam que a alta acumulada nos últimos 12 meses (a taxa anualizada) ficou em 3,94%. O IGP-DI de abril foi calculado com base nos preços coletados de 1º a 30 do mês de referência.
Embora todos os três componentes do índice tenham apresentado retração de preços entre um período e outro, a desaceleração do IGP-DI de abril teve forte influência do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60% na composição do índice e caiu de 1,24% para 1,11% de março para abril – menos 0,13 ponto percentual.
Houve forte contribuição para a retração do índice de bens finais que apresentou variação de 1,07%. No mês anterior, a taxa de variação foi 0,54%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo bens de consumo não duráveis exceto alimentação e combustíveis, cuja taxa passou de 0,43% para 1,75%.
O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de 1,62%. No mês anterior o índice ficou em 1,07%. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de -1,06% para 0,74%.
Também apresentou forte desaceleração de março para abril o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com 30% na composição do IGP-DI), que registrou variação no mês passado de 0,61% e retração de 0,81% em relação aos 1,41% registrados no mês de março.
Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo nas taxas de variação, com destaque para o recuo do grupo habitação (de 3,71% para 0,57%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 22,6% para 0,59%.
Também apresentaram decréscimo nas taxas de variação os grupos transportes, alimentação e educação, leitura e ecreação. Em contrapartida, apresentaram acréscimo os grupos saúde e cuidados pessoais, vestuário e comunicação.
Com peso de 10% na composição do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em abril, taxa de variação de 0,46%, abaixo dos 0,62% do mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,84%, enquanto o custo da mão de obra variou 0,11%.