A inflação – medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) – desacelerou em agosto, fechando em 0,51%, resultado 0,42 ponto percentual menor que a alta de 0,93% de julho.
Com o resultado, o índice acumula alta de 6,61% nos primeiros oito meses do ano, enquanto a taxa acumulada nos últimos doze meses é de 8,78%.
Os dados foram divulgados hoje (15), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV).
Em agosto do ano passado, o IGP-10 havia fechado com deflação (inflação negativa) de 0,17%.
Segundo a FGV, a queda do indicador reflete desaceleração de preços nos três componentes que formam o IGP-10.
IPA-10
Com peso de 60% na formação da taxa, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) encerrou agosto com alta de 0,64%, queda de 0,35 ponto percentual em relação ao resultado de julho: 0,99%.
Os números refletem desaceleração de preços dos Bens Finais e dos Bens Intermediários porque o grupo Matérias-Primas Brutas fechou em alta.
No caso dos preços dos Bens Finais houve uma queda média de 0,43% em agosto, após alta de 1,13% em julho.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 4,83% para -0,36%.
O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, teve alta de 0,17% em agosto. Em julho, a taxa havia subido 1,93%.
A taxa do grupo Bens Intermediários caiu 0,99 ponto percentual, passando de 1,99% em julho para 1,0% em agosto. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura. Houve queda de 2,58% para 0,60%.
Único dos três componentes do IPA a fechar com alta, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas subiu 1,51% em agosto, após queda de 0,42% em julho.
IPC-10
Com peso de 30% na composição do IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,14% em agosto, resultado 0,64 ponto percentual menor que o de julho: 0,78%.
Todas as classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação, que saiu de uma alta de 0,51% para uma deflação de 0,37% entre julho e agosto.
Também apresentaram decréscimo significativos em suas taxas de variação os grupos Habitação (1,63% para 0,82%), Transportes (0,78% para 0,09%), Educação, Leitura e Recreação (0,86% para -0,12%) e Comunicação (0,40% para 0,07%).
INCC-10
Com menor peso na composição do IGP-10 (apenas 10%), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,46% em agosto, depois de ter encerrado julho com alta de 0,92%.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve variação de 0,82% ante 1,0% de julho. Agência Brasil