O influencer Vitor Vieira Belarmino, que teria atropelado e matado o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuda, na saída do casamento dele, no Recreio dos Bandeirantes, esteve em uma festa de aniversário antes do acidente.
Novas imagens obtidas pelo RJ2, da TV Globo, mostram ele chegando a festa com uma bolsa na mão, no dia 13 de julho, por volta de 22h30. Belarmino deixou o local cerca de uma hora depois, acompanhado de cinco mulheres e uma menor de idade. Eles entraram juntos no mesmo elevador e foram embora na BMW conversível do homem.
O carro, uma BMW, foi flagrado em alta velocidade na Avenida Lúcio Costa, onde aconteceu o acidente. A Polícia Civil indiciou Vitor Belarmino por homicídio doloso — quando há intenção de matar — e omissão de socorro.
Veja as imagens:
Atropelamento fatal
Fábio Toshiro Kikuda tinha acabado de se casar e atravessava a Avenida Lúcio Costa com a noiva, Bruna, quando foi atingido pela BMW de Belarmino.
No inquérito, a 42ª DP (Recreio) afirma que o influencer estava a 109 km/h na hora do impacto, mas chegou a 160 km/h momentos antes do acidente. O limite de velocidade da via é de 70 km/h.
Com o impacto da batida, Fábio foi arremessado e seu corpo girou várias vezes no ar. A BMW só para metros adiante.
Quase 2 meses depois do acidente, o influenciador segue foragido.
Outros indiciamentos
Belarmino também foi indiciado por fuga do local do acidente e omissão de socorro. Passageiras da BMW, Amanda Camargo e Silva, Mirelly da Silva Campos, Julia Teixeira de Sousa, Débora Letícia da Silva Paz e Karolayne Melo Fernandes Ferreira vão responder por omissão de socorro.
O trabalho da Polícia Civil foi realizado com oitivas de 13 testemunhas, análise de mais de 20 vídeos apreendidos e confecção de 10 laudos periciais. Peritos concluíram que, se Belarmino estivesse trafegando na velocidade permitida da via, 70 km/h, teria condições de frear o carro antes do impacto.
A perícia afirma ainda que uma moto que seguia metros à frente da BMW não tocou em Fábio, possibilidade levantada pela defesa do influenciador.
Carona com influenciador
As mulheres que estava com Belarmino disseram em depoimento que haviam saído da festa de aniversário de uma delas e decidiram ir à praia. Para chegar lá, aceitaram a carona do influenciador.
Todas afirmaram que, momentos antes do atropelamento, Vitor tentou cortar um outro veículo. O inquérito não traz nenhuma referência a esse fato — nas imagens de uma câmera de segurança, o carro segue em linha reta.
Duas das passageiras disseram que consideravam que o motorista estava em uma velocidade acima do normal.
Defesa
Anteriormente, a defesa de Vitor Vieira Belarmino tinha declarado que o influenciador não estava alcoolizado e que estava dentro da velocidade permitida no momento da colisão, o que foi desmentido pela perícia.
Segundo o advogado Gabriel Habib, a defesa iria “provar no inquérito que foi um acidente e que Vitor não teve culpa na morte da vítima”.Já em relação a omissão de socorro, o advogado disse que “ele parou mais na frente, mas não voltou ao local do acidente porque ficou em choque, sem reação, e teve medo de linchamento, porque populares começaram a se aglomerar no local”. Com informações de Metrópoles.