O cientista nuclear iraniano Shahram Amiri foi executado pelo governo de Teerã sob a acusação de espionagem. “Shahram Amiri, que facilitava ao inimigo informações sigilosas, foi enforcado”, informaram autoridades locais.
Segundo o governo de Teerã, o especialista, que um dia foi considerado um herói nacional, teria enviado informações secretas aos Estados Unidos. Amiri desapareceu em 2009, durante uma peregrinação a Meca, e reapareceu 13 meses mais tarde, em Washington. Ele disse ter sido sequestrado por agentes da Agência Central de Inteligência (CIA), dos Estados Unidos, que o haviam submetido a pressões psicológicas intensas para revelar segredo do programa nuclear iraniano.
Em Teerã, ele foi recebido com homenagens pelo governo e familiares. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, sempre sustentou que ele permaneceu no país por vontade própria. Em 2011, Amiri foi preso e condenado por traição. Desde então, permanecia detido em um local não revelado por Teerã.
Após anos de tensão, Irã assinou no ano passado um acordo sobre seu programa nuclear, que Washington acreditava ter fins bélicos, enquanto Teerã afirmava ser pacífico.