O Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), viveu na manha desta terca-feira, 04, momento inaudito, da mais suprema transparência, poucas vezes respirada na atmosfera quase sempre contaminada pelo corporativismo jurídico: reconheceu que no Amazonas muitos de seus magistrado não querem nada com a história do Brasil ou que só querem sombra e água fresca e “venha a nós o vosso reino”.
Apesar de estranha a revelação é a mais pura, verdadeira e límpida verdade.
Tudo começou por ocasião do julgamento de um magistrado, punido com a pena de advertência, quando a desembargadora Graça Figueiredo disse que a maioria não devia ser condenada pelo erro de um.
Depois da ressalva, Rafael Romano, também desembargador, aproveitou a turbulência e disparou: “nos corredores do Shopping Manauara, em horário de expediente, estão cheios de magistrados de diversas comarcas.
A revelação de Romano arrancou risos até dos mais sisudos componentes daquela augusta corte.
Circunspecto, embora sereno, qualidade inata de quem ocupa a cadeira de presidente do TJAM, o desembargador Ari Moutinho, carinhosamente chamado de Arizão, graças aos seus quase dois netos de altura, fez coro às contundências de Romano, Chalub e Graça Figueiredo e disparou:
“Lamento que no momento em que deveriam estar em audiência estão malhando nas academias ou em reuniões nas casas de cafés”. Lamenta. “Por isso muitas vezes somos atacados desmerecidamente por conta daqueles que não honram a magistratura”, completa Arizão, intrépido na sua firme postura de julgar.