Um tribunal do Egito condenou quatro homens a penas de entre três e oito anos de prisão por manterem relações homossexuais, informaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes judiciais.
A decisão, que é apelável, foi ditada na última hora de ontem pela corte de delitos de Cidade Nasser, no leste do Cairo, que acusou os homens de ter uma “conduta desviada e imoral”.
O dono do apartamento em que o grupo se reunia foi sentenciado a oito anos de prisão, enquanto os demais receberam penas de três anos.
De acordo com a fonte, durante a detenção destes quatro indivíduos, as forças de segurança também apreenderam produtos de maquiagem e roupa feminina. No entanto, as autoridades não mencionaram as circunstâncias em que as detenções foram efetuadas.
A lei egípcia não persegue explicitamente o homossexualismo, mas sim “a libertinagem” e, por isso, os acusados sempre enfrentam acusações de práticas imorais.
Neste aspecto, um dos casos mais polêmicos, registrado em 2001, no Cairo, foi a detenção de 52 pessoas no cruzeiro “Queen”, frequentado por homossexuais. No julgamento posterior, 21 dos acusados foram condenados a três anos de prisão e trabalhos forçados.